sábado, 11 de agosto de 2012


"MOMENTO SAÚDE"

Espondilite anquilosante



Dr. Dráuzio Varella
 Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica, incurável por enquanto, que afeta as articulações do esqueleto axial, especialmente as da coluna, quadris, joelhos e ombros.

Nos quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), coração (doença cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase).

Não se conhece a causa da doença, que acomete mais os homens do que as mulheres, a partir do final da adolescência até os 40 anos. Não tratada, pode tornar-se incapacitante.

O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais de sangue e os achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca. O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.

Sintomas

A manifestação inicial da espondilite anquilosante é dor lombar que persiste por mais de três meses, abranda com o movimento e aumenta com o repouso. Essa dor pode irradiar-se para as pernas e estar associada a uma rigidez da coluna mais acentuada no começo do dia. Tais sintomas podem desaparecer espontaneamente (são intermitentes) e recidivar depois de algum tempo. Outros sintomas são o comprometimento progressivo da mobilidade da coluna que vai enrijecendo (anquilose), da expansão dos pulmões e aumento da curvatura da coluna na região dorsal.
Com a evolução da doença, a tendência é a dor tornar-se mais intensa, especialmente à noite.

Tratamento

O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para tanto, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia e à cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril.
Entre os medicamentos indicados merecem destaque os antiinflamatórios não-esteroidais, os analgésicos e os relaxantes musculares. A sulfasalazina tem-se mostrado eficaz para retardar a evolução da doença.

O acompanhamento fisioterápico é fundamental para o portador da enfermidade manter um programa de exercícios posturais e respiratórios, a fim de fortalecer os músculos e favorecer a mobilidade das juntas.

Recomendações

* Não se descuide da prática dos exercícios posturais e respiratórios indicados pelo fisioterapeuta. A imobilidade acelera a evolução da doença;
* Opte por uma dieta balanceada que ajude a controlar peso;
* Procure manter a postura correta sempre, qualquer que seja a situação;
* Escolha um colchão firme e sem ondulações para manter a coluna estável, enquanto dorme ou descansa;
* Não se automedique para aliviar a dor ou o desconforto. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento.


Fonte:   Dr. Dráuzio Varella

Nenhum comentário:

Postar um comentário