"MOMENTO SAÚDE"
Espondilite anquilosante
Dr. Dráuzio Varella |
Nos quadros mais graves, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte),
coração (doença cardíaca espondilítica), pulmões (fibrose pulmonar),
intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase).
Não se conhece a causa da doença, que acomete mais os homens do que
as mulheres, a partir do final da adolescência até os 40 anos. Não
tratada, pode tornar-se incapacitante.
O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de
exames laboratoriais de sangue e os achados radiográficos
nas articulações da região sacroilíaca. O diagnóstico precoce é de
extrema importância para evitar a progressão da doença e suas
complicações.
Sintomas
A manifestação inicial da espondilite anquilosante é dor lombar que
persiste por mais de três meses, abranda com o movimento e aumenta com o
repouso. Essa dor pode irradiar-se para as pernas e estar associada a
uma rigidez da coluna mais acentuada no começo do dia. Tais sintomas
podem desaparecer espontaneamente (são intermitentes) e recidivar depois
de algum tempo. Outros sintomas são o comprometimento progressivo da
mobilidade da coluna que vai enrijecendo (anquilose), da expansão dos
pulmões e aumento da curvatura da coluna na região dorsal.
Com a evolução da doença, a tendência é a dor tornar-se mais intensa, especialmente à noite.
Tratamento
O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é
aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para
tanto, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia e à
cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril.
Entre os medicamentos indicados merecem destaque os antiinflamatórios
não-esteroidais, os analgésicos e os relaxantes musculares. A
sulfasalazina tem-se mostrado eficaz para retardar a evolução da doença.
O acompanhamento fisioterápico é fundamental para o portador da
enfermidade manter um programa de exercícios posturais e respiratórios, a
fim de fortalecer os músculos e favorecer a mobilidade das juntas.
Recomendações
* Não se descuide da prática dos exercícios posturais e respiratórios
indicados pelo fisioterapeuta. A imobilidade acelera a evolução da
doença;
* Opte por uma dieta balanceada que ajude a controlar peso;
* Procure manter a postura correta sempre, qualquer que seja a situação;
* Escolha um colchão firme e sem ondulações para manter a coluna estável, enquanto dorme ou descansa;
* Não se automedique para aliviar a dor ou o desconforto. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento.
Fonte: Dr. Dráuzio Varella
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