quarta-feira, 21 de junho de 2017

FIQUE POR DENTRO

Vacina BCG contra a diabetes

Usado para prevenir a tuberculose, o remédio surge como opção promissora para tratar o tipo 1 da doença, justamente o que obriga os pacientes a tomarem insulina todo dia

Crédito: Divulgação


Um remédio criado há 97 anos pode se transformar na cura de uma doença que hoje representa para a medicina um de seus maiores desafios. Em trabalho exemplar, pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, estão testando com sucesso o uso da vacina BCG, contra a tuberculose, para tratar a diabetes tipo 1. Na primeira fase dos estudos clínicos, os pacientes submetidos à terapia apresentaram melhora tão considerável que a Food and Drug Administration (FDA), a agência americana responsável pela liberação de drogas e tratamentos, acaba de aprovar a continuidade da pesquisa, desta vez com número maior de participantes.

Existem dois tipos de diabetes. A do tipo 1 é uma doença auto-imune, desencadeada porque o sistema de defesa ataca as próprias células do corpo. No caso da enfermidade, as células destruídas pelo exército imunológico são as beta, localizadas no pâncreas e responsáveis pela fabricação da insulina. O hormônio é o que permite a entrada do açúcar circulante na corrente sanguínea para dentro das células. Sem ele, a glicose se acumula no sangue, caracterizando a doença. É diferente da diabetes tipo 2, associada à obesidade e aos seus efeitos sobre o funcionamento da insulina, não à sua produção. No caso da tipo 2, ocorre o fenômeno da resistência à insulina. Ou seja, o hormônio não atua como deveria. O resultado é o mesmo: o excesso de glicose na corrente sanguínea. As consequências também são iguais. A elevada concentração de açúcar no sangue está na raiz das doenças cardiovasculares, é uma das principais causas de cegueira e também de amputações.

ORQUESTRA AJUSTADA

O efeito da vacina BCG em doenças auto-imunes está no leque de interesses da ciência há alguns anos. É, por exemplo, objeto de estudo no tratamento da Esclerose Múltipla, enfermidade neurológica crônica que afeta o sistema nervoso central. Os dados obtidos até agora mostram que a doença tinha parado de progredir em pacientes vacinados havia mais de cinco anos. Também há evidência de eficácia em vários casos de alergia.


“Observamos que o remédio provocou um aumento 
na produção de insulina pelo pâncreas” Denise Faustman, 
líder da pesquisa, Universidade de Harvard (EUA) 
(Crédito:Divulgação)Divulgação

Nas suas investigações a respeito do impacto do imunizante sobre a diabetes tipo 1, os cientistas americanos descobriram que ele atua sobre genes associados a um tipo específico de células de defesa. Tratam-se dos linfóticos T regulatórios. São assim chamados justamente porque têm a função de regular a ação das outras células do sistema imunológico para que tudo funcione de forma ordenada. Nem demais, nem de menos. Quando essas células encontram-se em desequilíbrio, a orquestra da defesa do corpo se desorganiza. Se estão em baixa concentração, permitem que outras componentes ataquem estruturas identificadas erroneamente como agressores, iniciando o processo que dá origem às doenças auto-imunes. “Verificamos que a vacina BCG induz a fabricação dessas ‘boas’ células T”, explicou à ISTOÉ Denise Faustman, diretora de Imunobiologia do Massachusetts General Hospital, professora da Universidade de Harvard e coordenadora da pesquisa. “Usualmente, elas são chamadas de células supressoras e, na diabetes, não funcionam corretamente. O paciente precisa de mais delas.”

A primeira fase do teste clínico realizada sob o comando da médica apresentou resultados muito animadores. Pacientes diagnosticados havia mais de quinze anos manifestaram um crescimento importante das células T regulatórias e a redução de linfócitos que agiam de forma desordenada. “Observamos também um pequeno aumento na produção de insulina pelo pâncreas”, informou Denise. A princípio, a vacina teria indicação bem precisa. “Seria para pacientes com diagnóstico recente e que possuam ainda alguma quantidade de células beta”, afirma a endocrinologista Isabela Bussade, professora na Pós-Graduação da PUC-Rio de Janeiro.

Na etapa agora aprovada pelo FDA, os pesquisadores reunirão 150 pacientes. A expectativa é tão grande entre cientistas e pacientes que o anúncio do início da próxima fase provocou uma corrida ao laboratório para um lugar na pesquisa. “Os telefones não param de tocar. Calculamos que cerca de cem mil diabéticos tentem se inscrever”, contou a médica. É compreensível que seja assim. A diabetes é doença séria e crônica que exige do paciente muito esforço para que permaneça sob controle. No caso do tipo 1, há a dependência de injeções diárias de insulina para evitar o acúmulo de glicose no sangue. Sua cura representaria um alívio para os doentes e uma das maiores conquistas da medicina.

ATIVAÇÃO GENÉTICA

De que forma a vacina funciona

O QUE É A DOENÇA

É auto-imune (o sistema de defesa ataca estruturas do próprio corpo)

Nesse caso, os alvos são as células beta, localizadas no pâncreas, produtoras de insulina. O hormônio “abre” a porta das células para a entrada do açúcar circulante na corrente sanguínea

Sem a substância, há acúmulo de glicose no sangue, caracterizando a diabetes

O QUE FAZ O REMÉDIO

A vacina reequilibra o funcionamento do sistema imunológico promovendo:

o aumento da produção de Linfócitos T regulatórios. 
Nerthuz
São parte do sistema imunológico e têm como função regular seu funcionamento,
 impedindo que as células de “ataque”
 trabalhem de forma desordenada

por essa razão, baixas concentrações estão associadas à doenças auto-imunes
e a processos de rejeição de órgãos 
transplantados

COMO PROMOVE O EFEITO

Eleva a expressão dos genes associados aos linfócitos T regulatórios


O QUE ESTÁ DEMONSTRADO

Pacientes com diagnóstico há mais de 15 anos apresentam aumento no número desses linfócitos e o desaparecimento das células que funcionavam desordenadamente

Pequena elevação de produção de insulina pelo pâncreas



FONTE
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A PODRIDÃO AUMENTA CADA VEZ MAIS

Golpe de caneta nocauteia Joesley e deixa Lula grogue

Sem sair da cadeia em Curitiba, Eduardo Cunha deixou em frangalhos as fantasias criadas pelo dono da JBS para livrar do castigo o ex-presidente

(Montagem/Reprodução)


Ao resumir numa carta manuscrita o encontro com Lula na casa de Joesley Batista, ocorrido em 26 de março de 2016, e revelar que o trio se reuniu para confabular sobre o impeachment de Dilma Rousseff, o prisioneiro Eduardo Cunha desferiu um golpe de caneta que deixou grogue um esquartejador da verdade e levou novamente às cordas a alma viva mais cínica do Brasil. No fim de semana, na entrevista a Diego Escosteguy, Joesley repetira que só viu Lula a um metro de distância duas vezes ─ em 2006 e 2013, quando se limitaram a trocar ideias exemplarmente republicanas. Nesta segunda-feira, foi obrigado pelo ex-presidente da Câmara a confessar que esteve com o chefão “em outras ocasiões” ─ certamente para tratar de negócios nada republicanos.

É o começo do fim da farsa encenada pelo açougueiro predileto de Lula e do BNDES. É o que faltava para o sepultamento da meia delação premiadíssima. Ou Janot rasga a fantasia e admite que não pretende investigar a organização criminosa que patrocinou a entrada de Joesley no clube dos bilionários ou reduz a farrapos as fantasias do dono da JBS com a convocação para uma nova série de depoimentos. É hora de forçá-lo a abrir o bico sobre o bando que, nas palavras do próprio depoente, institucionalizou a corrupção no país. A insistência em vender Lula e seus comparsas como exemplos de honradez é uma forma de implorar pela pronta interdição do direito de ir e vir.

No texto escrito de próprio punho na cadeia em Curitiba, Cunha tornou a exibir a vocação para arquivista. “Ele fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013”, lembra o signatário. “Mentira. Ele apenas se esqueceu que promoveu (sic) um encontro que durou horas, no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência na rua França, 553, em São Paulo, entre eu (sic), ele e Lula, a pedido do Lula, a fim de discutir o processo de impeachment, ocorrido em 17 de abril, onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham”.

A profusão de minúcias deixa claro qual dos dois está mentindo. Para facilitar o trabalho de jornalistas e policiais incumbidos de checar as informações contidas na carta, o ex-deputado oferece meia dúzia de testemunhas. Que tal ouvir os seguranças da Câmara que o escoltaram na incursão por São Paulo? Que tal uma visita à locadora do veículo usado por Cunha para deslocar-se pela capital paulista? O Brasil decente torce para que seja longa e reveladora a briga de foice entre integrantes de duas organizações criminosas ─ ORCRINS, prefere Joesley ─ que roubaram em perfeita harmonia até o divórcio consumado pelo despejo de Dilma Rousseff.

Tomara que todos os bandidos contem tudo o que sabem uns dos outros. E que o bate-boca continue nas cadeias onde estarão alojados os corruptos, hoje desavindos, que a partir de 2003 produziram juntos a maior sequência de assaltos aos cofres do Brasil registrada desde o Descobrimento.


Por 
Augusto Nunes

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TEMER X JBS

AGU pede ao TCU bloqueio imediato de bens da JBS

Órgão tomou a iniciativa após notícias de que o grupo planejava venda de ativos

Logo da JBS em unidade de Jundiaí 
(Paulo Whitaker/Reuters)

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou na tarde desta quarta-feira (21) pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) para bloquear imediatamente os bens da JBS e de seus sócios, informou a assessoria de imprensa do órgão.

Segundo a AGU, a iniciativa tem por objetivo garantir um eventual ressarcimento de supostos prejuízos da ordem de 850 milhões de reais aos cofres do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sob apuração do tribunal.

De acordo com a assessoria do órgão, a AGU tomou a iniciativa após terem sido divulgadas informações de que o grupo estaria em processo de venda de ativos.

“Nesse sentido, como eventual ação de ressarcimento dos cofres públicos federais ficará a cargo desta instituição, tais medidas poderão restar frustradas caso não sejam resguardados bens suficientes para a efetiva recomposição do erário”, alerta um dos trechos da petição da AGU apresentada ao TCU.

Também nesta quarta, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, frustrou estratégia da JBS, que pedia autorização para venda da totalidade das ações de suas subsidiárias detentoras das operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para, respectivamente, Pul Argentina, Frigomerc e Pulsa, sociedades controladas pela Minerva, pelo preço de 300 milhões de dólares, e disse que entendia ser “prematura qualquer decisão judicial de liberar a venda de ações requerida, bem como das medidas cautelares reais”.

A AGU ressaltou que eventuais termos ajustados entre Ministério Público Federal e a JBS não afastam a competência da União para avaliação da extensão do dano integral causado aos cofres públicos federais.

No comunicado à imprensa, a AGU disse ter tomado conhecimento das supostas irregularidades quando o secretário de Controle Externo do TCU no Rio de Janeiro, Carlos Borges Teixeira, afirmou, em audiência pública na terça na Câmara, que havia prejuízos em quatro operações.

As operações sob investigação do TCU referem-se ao financiamento, pelo BNDES, da compra pela JBS de quatro empresas do setor de carnes.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

Da redação de
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LOJA MAÇÔNICA JOÃO DA ESCÓSSIA COMPLETA 50 ANOS

CINQUENTENÁRIO – Professor lança livro com trajetória da loja maçônica João da Escóssia

Wilson Bezerra de Moura trabalhou por cerca 
de um ano na finalização do livro

Como parte das comemorações do cinquentenário da Loja Maçônica João da Escóssia, o professor Wilson Bezerra de Moura lançou um livro com registros e documentos dos principais momentos históricos verificados ao longo de cinco décadas.

O livro “Cinquentenário da Loja Maçônica João da Escóssia”, que começou a ser finalizado há cerca de um ano, conta com documentos e registros presenciados pelo autor, que esta na entidade desde sua fundação.

“Tínhamos documentos escritos, atas, documentos primitivos que serviram de base para a fundação da loja, e boa parte do livro contou com momentos extraídos da nossa memória”, destaca Wilson Bezerra.

Fundada em 15 de maio de 1967, a loja foi a segunda instalada em Mossoró, a partir da dissidência de integrantes da Loja 24 de Junho. A nova unidade teve início numa farmácia pertencente a Eduardo Dias de Medeiros que funcionava na Praça do Pax e posteriormente foi acomodada no templo da Loja 24 de Junho.

“A loja foi fundada a partir da iniciativa de um grupo. A maçonaria vem aceitando a mudança dos tempos. Nova mentalidade, nova visão, novos comportamentos. Partiu da dissidência de um grupo liderado Lauro da Escóssia e Nelson Lucas Pires”, destaca o professor.

A construção do tempo próprio se deu na gestão de Wilson Bezerra de Moura no fim da década de 1970. “Dei início a construção da sede no período de 1979 a 1981. Foi um desafio difícil, mas conseguimos com a ajuda do quadro da loja”, destaca o escritor.

Segundo Wilson Bezerra no decorrer das últimas décadas a sociedade passou por mudanças significativas que foram assimiladas pela loja maçônica a partir de uma natural necessidade de adaptação.

“Neste período tudo mudou muito. A transformação da sociedade determinou por força das circunstâncias que a maçonaria também se modificasse. Tivemos que nos adaptar”, destaca.

Para o autor, a loja João da Escóssia deu uma importante contribuição no processo social e politico do município ao longo das últimas cinco décadas, influência mantida até os dias atuais.

“A loja esteve presente em importantes momentos da ordem social mossoroense. Atualmente conta com 66 membros ativos que continuam atuando de forma a contribuir com nossa cidade”, conclui Wilson Bezerra. Atualmente Mossoró conta com mais de dez lojas maçônicas ativas.

VOZES – No decorrer dos 50 anos da Loja João da Escóssia um projeto em especial conta com participação ativa de Wilson Bezerra de Moura há mais de 40 anos. Fundado em 1977 o informativo Vozes do Templo é editado em Mossoró e circula em todo o País com informações do segmento maçônico.

Criado por José Stalin Reginaldo, José de Oliveira Miranda, e por Wilson Bezerra de Moura, o informativo tem circulação trimestral e foi recentemente homenageado como o informativo maçônico mais antigo da América Latina.



Por
Márcio Costa 

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