População ainda tem pouco conhecimento sobre os sintomas do AVC, diz especialista
Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
Brasília – Apesar do acidente vascular cerebral (AVC) estar entre as
principais causas de internação e morte no país, as pessoas ainda têm
pouco conhecimento sobre os sintomas da doença e demoram na busca por
atendimento hospitalar. A conclusão foi apresentada hoje (13) pelo
neurologista João José Carvalho ao participar do 8° Congresso Mundial de
AVC, em Brasília.
“As pessoas não estão educadas para prevenir e também para identificar
rapidamente os sintomas do AVC. Há pouca informação sobre a doença”,
explicou João José Carvalho que coordena a unidade de AVC do Hospital
Geral de Fortaleza e fez uma pesquisa sobre a doença em 19 hospitais da
rede pública e privada de Fortaleza (CE).
Entre os sintomas do AVC estão alterações motoras, de fala, dormência e
formigamento. A Organização Mundial de AVC (WSO) recomenda que diante
de suspeita de um caso sejam feito alguns testes como pedir que a pessoa
sorria e observar se o sorriso está torto. Em seguida, verificar se ela
consegue levantar os dois braços e verificar se há alguma diferença na
fala, se está arrastada ou enrolada.
A hipertensão foi identificada no estudo do neurologista João José
Carvalho como o principal fator de risco comum às pessoas que sofreram
AVC no universo pesquisado. A diabetes, o histórico familiar e o fumo
também apareceram como elementos de risco importantes.
A Associação Brasil de AVC sugere a adoção de um estilo de vida
saudável para diminuir o risco de um primeiro AVC ou de um evento
recorrente. Dados da associação apontam que, em cinco anos, a
recorrência da doença pode chegar a 24% em mulheres e 42% em homens.
Entre as medidas de prevenção sugeridas está o controle da pressão
arterial, dos níveis de colesterol e do consumo de álcool. Recomenda-se
também parar de fumar, fazer atividade física regularmente e consumir
alimentos com baixo teor de sal e gordura.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o AVC está entre as principais
causas de morte no país e, em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em
decorrência da doença na faixa etária até 70 anos.
Durante o 8° Congresso Mundial de AVC, que começou no último dia 10 e
termina hoje, foram discutidas causas, ações de prevenção e apresentados
estudos e pesquisas sobre a doença feitos em todo o mundo.
Edição: Aécio Amado
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
FONTE
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