Mossoró celebra 129 anos de liberdade
O
título de cidade libertária e pioneira é, sem sombra de dúvidas, o
maior orgulho do povo mossoroense. Prova disso, basta observar os nomes
das ruas, bairros e conjuntos (Liberdade, Abolição, Redenção), edifícios
(Shopping Liberdade) que remetem ao fenômeno.
A razão de tanto se dá a um fato ocorrido há exatamente 129 anos, quando a cidade libertou seus escravos, cinco anos antes da Lei Áurea (norma que obrigava a abolição dos escravos em todo o País, decretada em 1888). Apesar de haver controvérsias de historiadores que afirmam que Mossoró não foi a primeira cidade do Brasil a libertar seus escravos, no imaginário popular a história do pioneirismo foi propagada de uma maneira muito forte, tornando-se quase um dogma.
Conforme registros históricos, Mossoró foi a primeira cidade do Rio Grande do Norte a abolir a escravatura. No dia 30 de setembro de 1883, a Sociedade Libertadora Mossoroense (entidade criada em 6 de janeiro de 1883, presidida provisoriamente por Romualdo Lopes Galvão, com o objetivo de articular a libertação dos cativos) entregou a Carta de Liberdade, em solenidade pública na Câmara Municipal de Mossoró, libertando todos os escravos que existiam no município, segundo relata o historiador Fernando Dannemann.
Na época, de acordo com registros de Câmara Cascudo, só existiam 40 escravos. Mesmo assim, o feito ganhou uma proporção muito grande no município. O exemplo de Mossoró passou a ser seguido por outras comunidades do interior. Assú libertou seus escravos em 24 de junho de 1885; depois foi a vez de Carnaúba, em 30 de março de 1887, e, em seguida, Triunfo, 25 de maio de 1887, e Natal, em fevereiro de 1888.
Pelo episódio ocorrido em 1883, o dia 30 de setembro sempre foi uma grande data cívica para a cidade de Mossoró. E em 13 de setembro de 1913, a data passou a ser feriado municipal através da Lei nº 30.
Fonte: Redação do Jornal O Mossoroense
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