quarta-feira, 20 de junho de 2012

UERN

Com a greve, UERN deve reformular calendário

 
Imagem/Arquivo Blog "naserra"
Com as aulas do primeiro semestre sequer iniciadas e a greve de servidores e professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) já somando 49 dias, o calendário letivo de 2012 da instituição deve ser totalmente reformulado. Apesar dos transtornos gerados, a assessoria de comunicação da UERN diz que está descartado um cancelamento do semestre e assegura que os estudantes não serão prejudicados. Segundo o titular da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Miguel Josino, o estado está analisando o processo que reconhece a legalidade da greve para, então, traçar novas estratégias legais para lidar com a questão.

De acordo com Miguel Josino, o processo da greve dos funcionários da UERN foi encaminhado para análise de dois procuradores da PGE e só após esse primeiro estudo é que o estado se posicionará quanto à greve. A assessoria de comunicação da UERN esclareceu que estudos relacionados à reposição de aulas e ao adiamento de datas estão sendo feitos pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PROEG), mas que só serão apresentados ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão após o fim da greve.

Por meio da assessoria, o reitor da UERN, Milton Marques de Medeiros, disse que espera que o governo e as categorias firmem acordo para minimizar os prejuízos aos estudantes. Amanhã o reitor participará de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa que debaterá a greve e contará com a participação das lideranças sindicais.

A greve

O ano letivo de 2012 na UERN teve início oficial em 23 de abril, com a semana pedagógica, e as aulas começariam no dia 02 de maio, o que não aconteceu, pois foi a data em que a greve foi deflagrada. Cada semestre deve possuir 100 dias letivos e o fim do primeiro semestre de aulas estava previsto para o dia 31 de agosto. O segundo, se daria entre os dias 17 de setembro deste ano e 1º de fevereiro de 2013. Com a greve dos profissionais, todo o planejamento cai por terra e segue indefinido.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ajuizou uma ação no Tribunal de Justiça do RN (TJ-RN) solicitando a ilegalidade da greve, pedido que foi indeferido pela juíza Sulamita Pacheco, alegando que a paralisação de atividades dos servidores da UERN era constitucional. No momento, o texto da decisão da juíza está sendo lido e analisado detalhadamente pela PGE para, posteriormente, serem pensadas novas estratégias legais de por fim à greve.


Fonte:   De Jéssica Barros, especial para o Diário de Natal
Via   DNonline

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