Policiais civis param dia 20
Os agentes e escrivães da Polícia Civil do Rio Grande do Norte irão paralisar as atividades durante 24 horas na próxima quarta-feira, dia 20 de junho. A decisão foi tomada em Assembleia Geral da categoria, realizada na noite da quinta-feira passada, na sede do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol/RN). Os servidores argumentam que a paralisação surge em decorrência do descumprimento por parte do Governo do Estado com relação ao Termo de Acordo firmado em julho do ano passado no Tribunal de Justiça. Naquela oportunidade, a categoria cruzou os braços durante 57 dias.
Adriano AbreuO presidente do Sinpol, Djair Oliveira, chama atenção para a necessidade de diálogo com o Governo
Os policiais civis reclamam o descumprimento de vários pontos e principalmente a descontinuidade do enquadramento de níveis, previsto pela Lei 417/10, que criou o Plano de Cargos da categoria. O objetivo com a mobilização é o de sensibilizar o Poder Executivo da importância desta continuidade.
Outras insatisfações também marcarão essa paralisação de 24 horas de duração, como a possibilidade de retirada dos anuênios dos policiais. Através de nota à imprensa, o Sindicato esclareceu que "esta ameaça chegou ao conhecimento do Sinpol" e representa um perigo ao "direito conquistado com muita luta e faz parte dos salários dos agentes e escrivães há muitos anos".
O Sinpol informou que os policiais se concentrarão na sede do sindicato pela manhã, definindo a programação de mobilização. Será suspenso o atendimento ao cidadão nas delegacias distritais e especializadas. Serão garantidos os 30% de funcionamento dos serviços, em respeito à Lei de greve (desta maneira continuará normal o trabalho no Ciosp e setores administrativos). As delegacias de plantão funcionarão apenas para lavraturas de flagrante. Registros de ocorrências e demais procedimentos voltarão ao normal às 8h do dia 21 de junho.
O presidente do Sinpol, Djair Oliveira, chamou atenção para a necessidade de diálogo com o Governo. "Fazemos um apelo para que o Governo sente conosco para negociar. Isso pode ocorrer até mesmo antes da próxima quarta-feira. Com isso, podemos chegar no dia da paralisação já para deliberar a suspensão do movimento", disse. Do contrário, o presidente alertou que a situação pode ganhar maiores dimensões. "Não queremos que a greve aconteça, mas já está começando a ocorrer. Cabe ao Governo sentar conosco e achar uma solução".
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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