CRM pretende denunciar à Justiça problemas existentes no Hospital Regional Tarcísio Maia
Após
acionar a Justiça Federal, através de Ação Civil Pública (ACP) contra o
Governo do Estado, devido a graves problemas constatados no Hospital
Monsenhor Walfredo Gurgel, o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande
do Norte (Cremern) revelou que irá fiscalizar também as unidades
hospitalares públicas do interior, se necessário for ingressará com
medidas judiciais em desfavor ao Poder Executivo estadual.
Entre as unidades que serão fiscalizadas pelo órgão está o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), alvo constante de reclamações e insatisfação dos usuários que buscam atendimento no local. De acordo com o presidente do Cremern, Jeancarlo Cavalcante, brevemente o HRTM será visitado pela equipe do Conselho.
"Nós vamos estender essa fiscalização para os demais hospitais da rede pública estadual, e o Tarcísio Maia receberá nossa visita. Após a fiscalização, nosso setor jurídico poderá ingressar com a ação, se necessário", enfatiza o presidente.
Segundo Jeancarlo Cavalcante, o HRTM possui deficiências em alguns pontos que podem comprometer o serviço prestado pelo hospital, responsável pelo atendimento de toda a região Oeste do RN. "Alguns pontos são deficientes, como a falta de profissionais, entre eles pediatras. Há também o problema referente à escala de plantões, que constantemente apresenta lacunas", afirma.
Para o presidente do Conselho Regional de Medicina, a saúde pública no Rio Grande do Norte enfrenta um quadro muito grave, que precisa ser urgentemente solucionado. "Não é só o Walfredo Gurgel, é toda a rede pública que vive uma situação gravíssima, devido a um gerenciamento que deixa muito a desejar", destaca.
Quanto a ação movida pelo Cremern, que solicita o providenciamento de leitos para o setor de Politrauma do Walfredo Gurgel, assim como condições de atendimento digno no Centro de Operações de Operados (CRO), além de melhorias no setor de necrotério, as expectativas do Conselho é de que o julgamento seja favorável ao órgão. "Estamos otimistas, até porque a ação foi aceita. A juíza deu um prazo de cinco dias para o Estado apresentar defesa, e na próxima terça ou quarta-feira encerra-se esse prazo", conclui Jeancarlo Cavalcante.
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