Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
A
seca que assola a maioria dos estados nordestinos tem uma explicação
científica prática. De acordo com o professor do Departamento de
Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), Tércio
Ambrizzi, a atmosfera passou por um processo de aquecimento ao longo dos
últimos anos que refletiu na ocorrência de extremos climáticos. Além
disso, nem mesmos nas regiões com as quatro estações definidas, está
ocorrendo uma variação média de temperatura incomum.
O professor explicou que a ausência de chuvas no Nordeste e concentração das precipitações na região Norte do país resultam da movimentação das zonas de convergência. "A temperatura das águas do Atlântico Norte estão mais quentes e a zona de convergência intertropical está mais concentrada ao Norte do país". Ou seja, as chuvas mais intensas em uma única região inibem a formação de nuvens em outras localidades, aumentando, inclusive, a sensação de radiação (calor).
Sobre a previsão de um inverno regular no Rio Grande do Norte, o que acabou não ocorrendo e o cenário de seca se formou em quase todos os municípios potiguares, o pesquisador disse que a tendência de acerto dos estudos meteorológicos é considerada satisfatória. Entretanto, fez uma ressalva. "Só não é possível prevermos uma super seca. Isto envolve uma série de fatores, como a quantificação de quanto vai chover. Ainda não somos capazes de prever isto", argumentou.
Para que esta previsão fosse possível, ele disse que seriam necessários investimentos na compra de novos instrumentos de medição de clima e modelos de revisão das previsões.
O professor explicou que a ausência de chuvas no Nordeste e concentração das precipitações na região Norte do país resultam da movimentação das zonas de convergência. "A temperatura das águas do Atlântico Norte estão mais quentes e a zona de convergência intertropical está mais concentrada ao Norte do país". Ou seja, as chuvas mais intensas em uma única região inibem a formação de nuvens em outras localidades, aumentando, inclusive, a sensação de radiação (calor).
Sobre a previsão de um inverno regular no Rio Grande do Norte, o que acabou não ocorrendo e o cenário de seca se formou em quase todos os municípios potiguares, o pesquisador disse que a tendência de acerto dos estudos meteorológicos é considerada satisfatória. Entretanto, fez uma ressalva. "Só não é possível prevermos uma super seca. Isto envolve uma série de fatores, como a quantificação de quanto vai chover. Ainda não somos capazes de prever isto", argumentou.
Para que esta previsão fosse possível, ele disse que seriam necessários investimentos na compra de novos instrumentos de medição de clima e modelos de revisão das previsões.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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