"MOMENTO SAÚDE"
Linfoma não Hodgkin
Dr. Dráuzio Varella |
Linfoma é um tipo de câncer que se desenvolve
nos linfonodos (ou gânglios). Ocorre quando uma célula normal do
sistema imune encarregado de defender o organismo de infecções, chamada
linfócito, cresce desordenadamente, sem parar, e espalha-se pelos
linfonodos, em especial, pelos da região do pescoço, axilas e virilha,
mas também pela medula óssea, baço, fígado e trato gastrintestinal.
Os linfomas podem ser classificados basicamente em dois grandes
grupos: linfomas Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH). Nos dois casos, eles
têm comportamento e grau de agressividade diversos.
Existem mais de 20 tipos diferentes do linfoma não Hodgkin,
classificados de acordo com o tipo de célula linfóide e o comportamento
biológico: os indolentes, com evolução lenta, e os agressivos, de
crescimento rápido e mais invasivos.
A incidência tem aumentado nos últimos anos. Embora possa
manifestar-se em pessoas de qualquer idade, parece que atinge mais os
homens do que as mulheres com idade superior a 60 anos.
Causas e fatores de risco
Não se conhecem as causas do linfoma não Hodgkin. No entanto, já
foram estabelecidas algumas associações com os seguintes fatores de
risco:
a) infecção pelos vírus HIV, Epstein-Barr e HTLV1, e pela bactéria Helicobacter pylori;
b) exposição a agentes químicos, entre eles, os herbicidas, fertilizantes, inseticidas, pesticidas e solventes;
c) exposição a altas doses de radiação.
Sintomas
Os principais sintomas do linfoma não Hodgkin são o aparecimento de
linfonodos aumentados na região do pescoço, axilas e virilha, febre,
perda de peso, sudorese abundante à noite, prurido (coceira),
inapetência e cansaço.
A disseminação do tumor pode provocar sintomas correlacionados com os
órgãos atingidos: tosse e falta de ar (pulmões); icterícia (fígado),
dificuldade para urinar (rins), distensão abdominal, entre outros.
Diagnóstico
O diagnóstico do linfoma não Hodgkin é feito pela biópsia do tecido
de um linfonodo ou de um órgão com sinais da doença. É importante
estabelecer o diagnóstico diferencial com o linfoma Hodgkin e alguns
tipos de leucemia.
Uma vez instituído o diagnóstico, exames de imagem, como RX de tórax,
tomografia, ressonância magnética e PRT-CT são úteis para determinar o
estadiamento da doença, isto é, a sua extensão e a localização das áreas
do organismo atingidas. O prognóstico será tanto melhor, quanto mais
inicial for o estágio da doença.
Tratamento
Linfomas não Hodgkin costumam responder bem ao tratamento com
quimioterapia, associada ou não à radioterapia e à imunoterapia com os
anticorpos monoclonais e citoquinas.
Quando essas abordagens terapêuticas não atingem os resultados
desejados e nas recidivas da doença, o transplante de medula óssea é um
recurso a ser considerado.
Recomendações
Como ainda não foram descobertas formas eficazes de prevenir o
aparecimento dos linfomas não Hodgkin, é importante estar atento às
seguintes recomendações:
* Procure assistência médica se notar a presença de linfonodos
aumentados em diferentes áreas do corpo, mesmo que eles não doam nem
incomodem. Não se automedique;
* Não fume;
* Pratique exercícios físicos;
* Adote uma dieta balanceada. Não fuja das frutas e verduras.
Fonte: Dr. Drauzio Varella
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