HEMOCENTRO DE MOSSORÓ/RN

Hemocentro espera crescimento na demanda durante período junino

Com o início dos festejos juninos, cresce o número de pessoas vulneráveis à violência e a traumas físicas, fazendo com que o número de bolsas de sangue encaminhadas a hospitais para utilização em cirurgias e transfusões também seja ampliado, ocasionando ainda o aumento na demanda do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro) de Mossoró.

De acordo com a assistente social Lenita Helena, enquanto a média mensal de doações necessárias para manter o estoque de sangue do Hemocentro é de 900 bolsas, durante o mês de junho esse índice sobe para mil doações.

 

 "Temos uma procura muito grande nesse período, principalmente no que se refere aos hospitais da cidade, por isso é necessário manter um número de doadores estabilizados diariamente", comenta.

Nos últimos meses, a quantidade de doações realizadas no Hemocentro tem se mantido abaixo da meta, o que tem preocupado a unidade. Em média, cerca de 700 a 750 bolsas de sangue estão sendo doadas mensalmente, fazendo com que o estoque não seja suficiente para atender a demanda crescente do Centro de Hematologia.

Atualmente, o Hemocentro não possui nenhuma bolsa de sangue tipo O-, considerado o mais raro, e por isso, a dificuldade em encontrar esses doadores em específico é maior. "Nosso estoque desse tipo de sangue está zerado, o que é bastante preocupante, já que ele é muito raro não somente em nossa região, como no país todo, e é um sangue que pode ser utilizado em várias pessoas em comum, mas quem é O- só pode receber de O-" , explica Lenina Helena.

Para tentar ampliar a quantidade de doações durante o período junino, foi lançada a campanha "São João Solidário é no Hemocentro: Doe Sangue", que será realizada até o fim deste mês. Segundo Lenita Helena, o objetivo da iniciativa é conscientizar a população a respeito da importância em doar sangue.

"Nós estamos montando estratégias para ampliar o nosso estoque, e fazendo convite as pessoas para elas se sensibilizem com essa causa, e se solidarizem, através desse grande ato. Nada substitui o sangue, e essa atitude pode salvar vidas, portanto, tanto aquelas pessoas que já doam, quanto aquelas que ainda não são doadoras, estão convidadas para irem até o Hemocentro, e à nossa unidade móvel", destaca a assistente social.

 

Hemocentro e Faculdade de Enfermagem realizam trabalho em parceria para ampliar número de doações

O Hemocentro e os alunos da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) estão realizando um trabalho em parceria para intensificar a quantidade de doações necessárias para reposição do estoque direcionado para pacientes do Hospital Regional Tarcísio Maia.

 Conforme Lenita Helena, uma vez por semana, os estudantes promovem um trabalho de divulgação na unidade hospitalar, com o intuito de conscientizar os familiares daqueles que necessitaram da transfusão de sangue, no sentido de encontrar doadores em potencial para repor essas bolsas.

"Esse é um trabalho comum, que realizamos não somente no Tarcísio Maia, mas também em outros hospitais. É importante que haja essa reposição, e que os parentes desses pacientes possam doar, ou até mesmo indicar alguém que tenha esse interesse", afirma a assistente social.

Podem doar pessoas com peso acima de 50 quilos e idade entre 18 e 67 anos. Jovens entre 16 e 17 anos podem ser aceitos candidatos à doação de sangue, com o consentimento formal do responsável legal. É necessário apresentar documento com foto, válido em todo o território nacional.

Não podem doar pessoas com diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade; mulheres grávidas ou amamentando; pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue, como Aids, hepatite, sífilis e doença de Chagas; usuários de drogas; aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual sem uso de preservativos.

"Todo o processo de doação dura em média 30 minutos. E não nenhum tipo de efeito colateral, mas sim efeitos benéficos, já que após serem retirados os 450ml de sangue, o organismo já começa a trabalhar para a formação de novas células, o sangue começa a se renovar", conclui Lenita Helena.

 Fonte:   Redação do Jornal  O Mossoroense