quarta-feira, 11 de abril de 2012

"MOMENTO SAÚDE"

Difteria

Difteria (ou crupe) é uma doença respiratória infectocontagiosa, causada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae que se instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele.
O período de incubação costuma durar de um a seis dias, mas pode ser um pouco mais longo. A transmissão ocorre pelo contato direto com a pessoa doente ou com portadores assintomáticos da bactéria, através de gotículas eliminadas pela tosse, pelo espirro e ao falar, ou pelo contato com as lesões cutâneas.  A enfermidade é mais prevalente na infância, Em geral, se manifesta depois de resfriados e gripes nas crianças que não foram imunizadas. No entanto, também pode acometer adultos que não foram vacinados.

Sintomas

O sintoma típico da difteria é o aparecimento de placas pseudomembranosas, acinzentadas e firmes nas amídalas e órgãos adjacentes.
Mal-estar, dor de garganta, febre, corrimento nasal, gânglios linfáticos inflamados e manchas avermelhadas na pele são outros sintomas possíveis da doença. Edema de pescoço, toxemia, prostração e asfixia mecânica são sinais que sugerem o agravamento da infecção.
A inflamação da epiglote, válvula situada na parte superior da laringe, que fecha a glote no momento da deglutição, pode provocar a súbita obstrução das vias aéreas, com consequências bastante graves para o paciente. Por isso é preciso estar atento. Crianças com a epiglote inflamada ficam muito abatidas, com os lábios ligeiramente azulados, têm febre alta e, às vezes, dificuldade para deitar-se ou engolir saliva.
Os sintomas da difteria se agravam à noite. Em geral, a criança acorda durante a madrugada. Sua respiração, nesse momento, é estranha: a inspiração é marcada por um chiado estridente e a expiração, por tosse áspera.
Miocardite (arritmia e insuficiência cardíaca), neuropatia (visão dupla, fala anasalada, dificuldade para engolir, paralisia) e insuficiência renal são complicações graves que podem ocorrer em qualquer fase da doença.

Diagnóstico

O diagnóstico é basicamente clínico, mas pode ser confirmado pelo exame de cultura numa amostra das placas pseudomembranosas típicas da doença.

Vacina

Receber a vacina tríplice bacteriana (DTP) contra a difteria, tétano e pertussis (coqueluche) é fundamental para a prevenção das três enfermidades. Essa faz parte do calendário oficial de vacinação e deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de vida e depois uma dose de reforço entre os 14 e os 18 meses e outra entre os quatro e os seis anos da criança. A DTP não confere imunização definitiva. Por isso, a vacinação deve ser repetida a cada dez anos.


Tratamento

Havendo suspeita de difteria, o tratamento deve começar imediatamente, mesmo antes de os exames laboratoriais confirmarem o diagnóstico.  Para tanto, o paciente deve ser afastado do convívio com outras pessoas e receber o soro antitoxina diftérica para neutralizar a toxina produzida pela Corynebacterium diphtheriae. Antibióticos, como penicilina e eritromicina, também podem ser úteis para o controle da doença.
Todas as pessoas que estiveram em contato com o portador de difteria devem ser avaliadas a fim de receber cuidados preventivos ou terapêuticos, conforme necessário.

Recomendações

* Saiba que mesmo os casos suspeitos de difteria são de notificação compulsória às autoridades de saúde a fim de que sejam adotadas medidas para o controle epidemiológico da doença;
* Respeite rigorosamente as datas previstas para a vacinação contra difteria, pois a vacina tríplice bacteriana não confere imunização definitiva;
* Tente, enquanto aguarda o atendimento médico, aliviar a irritação da garganta com vapor bem quente. Se isso não proporcionar conforto significativo, abra a janela e faça o paciente respirar ar fresco;
* Procure assistência médico-hospitalar tão logo perceba sintomas que possam sugerir a difteria, uma doença que exige cuidados imediatos para evitar complicações potencialmente graves;
* Lembre que o soro antitoxina diftérica preparada a partir do soro de cavalo não imuniza definitivamente o doente nem age sobre a toxina já impregnada nos tecidos. Daí a importância do início precoce do tratamento.

Fonte:  Dr. Drauzio Varella

Nenhum comentário:

Postar um comentário