Coisa de Loco: Botafogo atropela o Vasco e conquista a Taça Rio
Vitória de 3 a 1 sobre o Vasco no
Engenhão, com dois gols de Loco Abreu, coloca o Botafogo na decisão do
Campeonato Carioca, contra o Fluminense
A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
É coisa de louco chegar a maio invicto, ganhar a Taça Rio com um
atropelo sobre o Vasco, ir à decisão do Campeonato Carioca com sobras. É
coisa de Loco. De Loco Abreu. Com dois gols do uruguaio, o Botafogo
venceu o Vasco por 3 a 1 neste domingo, no Engenhão, e conquistou o
segundo turno do Estadual. Maicosuel fez o outro. Carlos Alberto
descontou.
Loco Abreu acorda antes dos zagueiros do Vasco. E também vai dormir depois deles. Quando o primeiro tempo mal despertava, lá estava o uruguaio deixando sua primeira marca; quando o primeiro tempo se espreguiçava rumo ao final, lá estava o uruguaio fazendo mais um. A vitória parcial do Botafogo foi responsabilidade, em grande parte, do centroavante cabeludo. E culpa, em outra fatia gorda, dos bocejos da zaga do Vasco.
Naquele momento, o Botafogo já cozinhava o relógio em água morna. O
Glorioso foi com tranquilidade para a final. E invicto. E com um
centroavante enlouquecido.
O Alvinegro agora encara o Fluminense, campeão da Taça Guanabara, na
finalíssima do Rio de Janeiro. Ao Vasco, resta remoer o jejum. Os
cruz-maltinos não vencem o Estadual desde 2003. Desde então, só ganharam
um turno, na temporada seguinte.
Botafogo e Fluminense reeditam a semifinal do primeiro turno, único
momento de derrota do Alvinegro em 2012. Após empate por 1 a 1 no tempo
normal, os tricolores ganharam nos pênaltis, por 4 a 3. Os dois jogos da
final são nos próximos domingos, no Engenhão. As equipes não decidem o
Estadual desde 1975 – quando a final teve um triangular, também com a
presença do Vasco.
Coisa de Loco:
Botafogo ganha com dois gols do goleador
(Foto: Fernando Soutello / Agif)
Enlouquecido
Loco Abreu acorda antes dos zagueiros do Vasco. E também vai dormir depois deles. Quando o primeiro tempo mal despertava, lá estava o uruguaio deixando sua primeira marca; quando o primeiro tempo se espreguiçava rumo ao final, lá estava o uruguaio fazendo mais um. A vitória parcial do Botafogo foi responsabilidade, em grande parte, do centroavante cabeludo. E culpa, em outra fatia gorda, dos bocejos da zaga do Vasco.
saiba mais
A ausência de Dedé voltou a ser um golpe duro para o Vasco. É uma zaga
com ele e outra radicalmente diferente, para pior, sem ele. A exemplo do
que aconteceu no domingo passado, na vitória de 3 a 2 sobre o Flamengo,
a equipe cruz-maltina foi vazada muito cedo. Com três minutos, a bola
saiu pela lateral e foi rapidamente reposta por uma gandula. Maicosuel
logo cobrou para Márcio Azevedo, que prontamente acionou Loco Abreu. Era
moleza. Ele deu um toque leve na bola para colocar o Botafogo na
frente, completando uma corrida de 90 metros, de uma área até a outra, e
dando sucesso a uma jogada muito treinada por Oswaldo.
A diferença em relação ao clássico com o Flamengo é que, desta vez, o
Vasco não soube reagir ao gol levado precocemente. E isso por causa da
competência do Botafogo. O quinteto de meio, teoricamente ofensivo, com
apenas um volante daqueles de carteirinha, soube congestionar as saídas
do adversário para o ataque. Felipe foi a única válvula de escape,
buscando Eder Luis para tabelamentos, enquanto Alecsandro aguardava
bolas que não chegavam nunca.
Até a metade do primeiro tempo, o Botafogo esteve mais inclinado a
ampliar do que o Vasco esteve de empatar. A zaga cruz-maltina falhou
muito. Aos 20 minutos, houve um lance emblemático. Após cruzamento para a
área, Fábio Ferreira desviou de cabeça e Loco Abreu completou, acossado
apenas pelo goleiro Fernando Prass, que conseguiu defender. A situação
seria repetida mais tarde. Com um final bem diferente.
O Vasco deu sinais de vida depois da parada técnica. Tentou com
Alecsandro – muito mal, de canela. Arriscou com Eder Luis, duas vezes,
ambas para fora. Ameaçou em cobranças de falta, com Fellipe Bastos e
Diego Souza. E nada...
Do outro lado, Loco Abreu estava de olhos bem abertos. Era o último
giro dos ponteiros no primeiro tempo. Elkeson alçou a bola na área,
Fábio Ferreira desviou de cabeça e o uruguaio completou, em um repeteco
daquele lance ocorrido 25 minutos antes. O Botafogo, enlouquecido com
seu camisa 13, fechava o primeiro tempo com 2 a 0.
Confirmação
Confirmação
A largada do segundo tempo deu o aviso de que o Vasco buscaria a
reação. Aviso falso. Com Juninho Pernambucano no lugar de Alecsandro e
Allan na vaga de Felipe, o time comandado por Cristóvão Borges ameaçou.
Fellipe Bastos acertou pancada no travessão. Eder Luis chutou com
perigo. A pressão era prenúncio de gol. Do Botafogo...
Aos nove minutos, o zagueiro Antônio Carlos, do campo de defesa, se
posicionou para cobrar uma falta ofensiva do Vasco. Parecia mais um
daqueles chutões despretensiosos. Não era. A bola sobrevoou o campo e
foi na direção de Maicosuel. Fagner, na marcação, ficou a ver navios.
Foi encoberto pela bola, que caiu nos pés do meia alvinegro, disposta a
encontrar a rede. O Mago avançou na direção da área e desviou de Prass.
Era o terceiro gol do Glorioso. Era o fim até para o Vasco, tão
acostumado a viradas.
A entrada de Carlos Alberto foi a última cartada do Vasco. E uma das
poucas ações de sucesso da equipe da Colina no clássico. O jogador
entrou bem, tabelou com Rodolfo e fez, aos 35 minutos, o único gol
vascaíno.
Fonte: globoesporte.com
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