"MOMENTO SAÚDE"
Anemia ferropriva
Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
O ferro é um nutriente essencial ao
organismo, associado à produção de glóbulos vermelhos e ao transporte de
oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo.
A anemia por deficiência de ferro, ou anemia ferropriva, é a mais
comum de todas as anemias, independentemente do estrato socioeconômico
do indivíduo.
Ela pode instalar-se por carência nutricional, parasitoses
intestinais, ou durante a gravidez, o parto e a amamentação. Pode também
ocorrer por perdas expressivas de sangue, em virtude de hemorragias
agudas ou crônicas por via gastrintestinal ou como conseqüência de
menstruações abundantes.
Constituem grupo de risco para a anemia ferropriva as mulheres em
idade fértil, idosos, crianças e adolescentes em fase de crescimento, e
indivíduos que passaram por cirurgia de redução de estômago. No entanto,
qualquer pessoa pode desenvolvê-la, se não receber a quantidade
adequada de ferro na dieta ou tiver dificuldade de absorção, que ocorre
sobretudo nos intestinos e pode ser mais eficiente quando associada à
ingestão de vitamina C e proteínas.
Os alimentos constituem as principais fontes de ferro e podem
oferecer dois tipos diferentes desse nutriente: o ferro heme e o ferro
não-heme. O primeiro, encontrado especialmente na carne vermelha e no
fígado de todos os animais, assim como na carne das aves, peixes e nos
ovos, é melhor aproveitado pelo organismo. A absorção do ferro não-heme,
existente nas verduras de folhas escuras (espinafre, brócolis, couve,
salsa, etc.), leguminosas (feijão, lentilhas, grão-de-bico, ervilhas,
etc.); frutas (uvas, maçãs, nozes, amêndoas, castanhas, etc.) é menor e
menos eficiente.
Sintomas
Entre as manifestações clínicas da anemia por deficiência de ferro
destacam-se: palidez, cansaço, falta de apetite, apatia, palpitações e
taquicardia. Nos estágios mais avançados da doença, ocorrem alterações
na pele e nas mucosas (atrofia das papilas da língua e fissuras nos
cantos da boca), nas unhas e nos cabelos, que se tornam frágeis e
quebradiços.
Em crianças, a anemia ferropriva pode afetar o crescimento, a aprendizagem, e aumentar a predisposição a infecções.
Diagnóstico
Levantamento da história, avaliação clínica e dos hábitos
alimentares, além da realização de exames laboratoriais (hemograma,
sangue oculto nas fezes, por exemplo) e da
imagem (ultrassom, endoscopia) para investigar a origem de possíveis perdas de sangue são passos importantes para estabelecer o diagnóstico.
imagem (ultrassom, endoscopia) para investigar a origem de possíveis perdas de sangue são passos importantes para estabelecer o diagnóstico.
Tratamento
A primeira medida no tratamento da anemia ferropriva é determinar e
corrigir a causa da deficiência de ferro. Uma vez constatada a carência,
é importante recomendar uma dieta rica nesse nutriente e prescrever
sulfato ferroso por via oral. Raros são os casos em que o uso do
medicamento por via endovenosa se faz
necessário.
necessário.
A adesão ao tratamento deve ser mantida durante aproximadamente 6
meses depois de o exame de sangue acusar níveis normais de ferro no
organismo.
Recomendações
* A adesão ao tratamento é a melhor forma de restabelecer os níveis normais de ferro no sangue;
* Alimentos enriquecidos com ferro (leite, iogurte, pães, cereais
matinais, feijão, etc.) ajudam a suprir as necessidades diárias de
ferro, que variam de acordo com a idade e o sexo;
* Segundo a Associação Paulista de Medicina, o ferro é melhor absorvido em jejum, seguido por alimentos ricos em
vitamina C (laranja, goiaba, morango, limão, agrião, pimentão, vegetais verde escuros), e alimentos amargos (como a alcachofra, jiló e agrião).
vitamina C (laranja, goiaba, morango, limão, agrião, pimentão, vegetais verde escuros), e alimentos amargos (como a alcachofra, jiló e agrião).
Fonte: Dr. Drauzio Varella
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