Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
Na verdade, segundo o secretário chefe do Gabinete Civil, José Anselmo Carvalho, não existe previsão para o pagamento. "Só faremos o pagamento quando a lei de responsabilidade fiscal permitir", justifica, referindo-se ao limite prudencial já ultrapassado pelo Governo do Estado no momento.
Anselmo Carvalho garante que não houve acordo entre o Estado e os professores. "A categoria rejeitou todas as propostas e só voltaram ao trabalho porque entramos na justiça para acabar com a greve" argumenta.
O reitor da Uern, Milton Marques de Medeiros, confirma que o reajuste não foi incluído na folha de pagamento desse mês. "O reajuste tem que ser primeiro aprovado na Assembleia Legislativa (AL), mas ainda nem foi encaminhado", explica.
Milton tenta explica as razões para que o projeto de lei não tenha sido nem enviado a AL, quase sete meses depois de encerrada a greve. "O problema é que a Assembleia estava em recesso e o projeto teve que passar pela consultoria do Estado", justifica, para, mais adiante, de forma rude, pedir para que a reportagem ligasse diretamente para a governadora para saber o que houve. "Vocês têm acesso à governadora. Pergunte a ela", diz, em tom alterado, o reitor.
Milton também declara não haver previsão para o pagamento do reajuste.
Anselmo Carvalho acrescenta que não tem previsão também para que a lei seja enviada a AL. "A lei só pode ir para a assembleia quando a lei de responsabilidade fiscal admitir", pondera.
Hoje, o reitor e o chefe de gabinete se reúnem na governadoria para discutir o assunto, juntamente com o consultor geral do Estado, José Marcelo Costa.
Professores
realizam assembleia amanhã
A Associação dos Docentes da Uern (ADUERN) realizará Assembleia Geral Extraordinária com os professores, às 9h dessa quinta-feira, 26, para que a categoria se posicione sobre o descumprimento do acordo pelo Governo do Estado. De antemão, o presidente da Aduern, Flaubert Torquato, adianta que os professores encontram-se indignados com a insensatez do Governo do Estado. "É uma demonstração de descaso, desrespeito e falta de compromisso", afirma o docente.
Flaubert diz que o posicionamento da categoria vai depender do resultado da reunião de hoje entre o reitor da Uern e representante do Governo do Estado. "Acreditamos que possa ser possível o pagamento ser feito em folha extra ou com juros com mês de maio", declara, inicialmente esperançoso, para depois reconhecer que caso não exista uma proposta concreta a tendência é que os professores paralisem suas atividades.
O professor criticou o confronto de informações vindas do Governo do Estado. "A governadora diz uma coisa, enquanto que vem um secretário e diz outra. Parece o samba do crioulo doido", avalia.
Milton Marques não quis comentar a possibilidade de uma nova greve na Uern, enquanto que Anselmo Carvalho diz que espera que os professores usem a inteligência e tomem a decisão mais adequada. Já Flaubert finaliza dizendo que "se o governo não assegurar nada na reunião de hoje, a categoria deve adotar medidas mais radicais".
Fonte: Redação do Jornal DeFato.com
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