Gancho de Igapó terá viaduto
Até o fim deste mês, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deve divulgar o edital de licitação de uma obra aguardada há mais de uma década pelos moradores e motoristas que trafegam pela avenida Tomaz Landim, em Igapó, zona Norte de Natal. O projeto é construir um complexo viário na altura do gancho de Igapó além de duas passarelas na movimentada avenida. Um investimento de R$ 48,1 milhões. Essas obras não só vão melhorar a vida de motoristas e pedestres que usam as vias da região - e perdem horas em engarrafamentos gigantes ou arriscam a vida ao tentar atravessar as faixas de rolamento - como iniciam a infraestrutura necessária para receber parte do fluxo de veículos com a implantação do novo aeroporto da Grande Natal, em São Gonçalo do Amarante. Hoje, quem trafega pela Tomaz Landim e adjacências, precisa de muita paciência, pois a região, há anos, não recebe qualquer investimento em infraestrutura viária. Até projetos já com recursos garantidos - como o Pró-Transporte - estão parados e sem data de ser retomado.Obras vão desafogar av. Tomaz Landim
Após dez anos de espera, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a construção de duas passarelas de pedestres e de um complexo viário na altura do gancho de Igapó, na zona Norte de Natal. Ao custo total de aproximadamente R$ 48,1 milhões, as intervenções estão na fase de análise técnica pelo DNIT e o edital de licitação poderá ser publicado até o final deste mês. O intuito do DNIT, segundo o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, é que as obras comecem ainda este ano.
Júnior SantosO DNIT anunciou a construção de duas passarelas na avenida Tomaz Landim, em Igapó
Apesar do convênio ter sido assinado entre o órgão federal e o município da região metropolitana, não haverá contrapartida por parte de São Gonçalo e as obras ficarão sob a responsabilidade de fiscalização e financiamento do órgão federal. Estas obras não fazem parte, oficialmente, do conjunto de intervenções previstas para a trafegabilidade no entorno do futuro aeroporto que está sendo construído na região metropolitana nem se encaixam no complexo de empreendimentos financiados pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Entretanto, são de suma importância para a fluidez do trânsito no local.
As duas passarelas, que custarão R$ 2,4 milhões, serão erguidas nos quilômetros 83,5 (próximo ao semáforo após a ponte de Igapó no sentido Quintas - zona Norte) e no 82,3 (nas imediações da agência do Banco Bradesco), ambos na Avenida Tomaz Landim. Há, ainda, a construção de um complexo viário na altura do que é popularmente conhecido como "gancho de Igapó". Serão construídos um viaduto, um túnel e alças de tráfego nos dois sentidos da avenida e, ainda, de entrada e saída da via que dá acesso à cidade de São Gonçalo do Amarante. Esta obra foi orçada em R$ 45,7 milhões e o DNIT trabalha nos ajustes finais do projeto executivo.
"A questão do tráfego no entorno do gancho de Igapó é traumática. As pessoas perdem até uma hora quando o trânsito fica engarrafado por causa do semáforo. Há, ainda, a questão dos atropelamentos de pedestres naquela região que são frequentes. Muitas pessoas já morreram. As passarelas eram um pleito antigo que se tornarão realidade em breve", analisou o prefeito Jaime Calado.
CONVÊNIO
O convênio para a construção destas obras foi assinado entre o DNIT e a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante pois a administração da região escolhida pelo órgão federal para as obras, estão inseridas na jurisdição daquela cidade. Por ser uma obra federal, não haverá participação no processo nem da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) tampouco da Secretaria Estadual de Infraestrutura (SIN). O Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER) também não participará do processo pois os recursos aplicados são federais e a própria via que receberá as intervenções são de tutela do DNIT.
LIBERAÇÃO
Questionado sobre os motivos pelos quais a liberação destas obras demorou tanto tempo, o prefeito de São Gonçalo do Amarante relatou que os projetos existiam há alguns anos e, somente agora, com o empenho da superintendência do DNIT regional, foi possível viabilizá-los. "Os processos não andavam. A concepção do viaduto, por exemplo, existia há quatro anos. Saiu agora pelo empenho da coordenação local do DNIT", comentou Jaime Calado. Ele relatou, ainda, que com o advento das obras do novo aeroporto, ocorreu uma convergência de ações de infraestrutura local, que darão maior fluidez ao tráfego e melhor acessibilidade ao empreendimento.
"Agora há uma congregação de fatores que contribuíram para a execução da obra. Existe ali um engarrafamento diário que precisa ser resolvido e a questão das passarelas é para garantir a segurança de quem usa aquela via", destacou Jaime Calado. Para a execução do projeto, não serão necessárias desapropriações. "O projeto está mais complexo tecnicamente e menos complexo burocraticamente", afirmou o prefeito. Segundo ele, a expectativa é de que as obras iniciem até o final do ano.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
Ricardo Araújo - Repórter
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