Banda larga gratuita é testada em Brasília
Brasília - Teve início neste final de semana em São Sebastião, região administrativa com comunidades pobres dentro do Distrito Federal, um projeto piloto das operadoras de telefonia celular Claro, Oi, TIM e Vivo para levar acesso à internet de forma gratuita. A ideia foi proposta pelo Ministério das Comunicações.
O projeto batizado com o nome de Banda Larga 0800 funcionará como os serviços de telefone gratuito (com prefixo 0800), cujas tarifas das ligações não são pagas pelos usuários, mas pelos destinatários, como as empresas que mantém serviços de atendimento ao consumidor (SAC). No caso do projeto, o acesso à internet será pago pelo site em que o usuário faz a conexão.
O projeto piloto envolverá, durante 15 dias, 80 usuários escolhidos pelo governo do Distrito Federal (GDF), entre pessoas que sejam elegíveis de programas sociais e que não tenham hábito de acessar à internet.
Segundo Eduardo Levy, diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), essa é uma experiência "inédita no mundo" e genuína do Brasil. "Hoje estamos tratando de uma jabuticaba boa", disse ao se referir à expressão que trata das peculiaridades do país, como o fruto originário do Brasil. "Se tiver o alcance que estamos imaginando, vamos precisar de recursos" frisou Levy.
"Aqui todo mundo gosta de jabuticaba", respondeu o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Segundo ele, a ideia poderá ser aplicada pelo Estado para cumprir a Lei de Acesso à Informação; por bancos (homebanking) e pelo comércio online.
Na atual fase de testes, os usuários terão acesso ao site http://bandalarga.0800.br/ ; onde estão disponíveis informações sobre transporte público, oferta de emprego, programação cultural, concursos públicos e até apostilas (para cursos de língua, literatura brasileira, informática e até história do futebol).
Durante a experiência, o Ministério das Comunicações fará questionário aos usuários para conhecer as dificuldades de navegação e aceitação da tecnologia.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
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