terça-feira, 24 de julho de 2012

SURTO DE GASTROENTERITE

Infectologista indica surto de gastroenterite 
SMS registrou 421 casos em junho. Água ou alimentos contaminados dão causa à doença

Imagem/Arquivo Blog "naserra"
 Os profissionais da saúde, pública ou privada, vêm percebendo no último mês um aumento considerável do número de pacientes em consultórios e pronto atendimentos com quadros de gastroenterite. A doença, que pode ter causas na alimentação ou na qualidade da água consumida, tem como sintomas diarreia, vômitos e, em alguns casos, febre. Segundo o infectologista Luiz Alberto Marinho, nos últimos 30 dias os casos de gastroenterite aumentaram em mais de 30%, o que deve servir de alerta às autoridades sanitárias e pode indicar que o problema esteja na água que a população utiliza, já que os números são gerais. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foram registrados 421 casos de gastroenterite em Natal no período de 1º a 23 de junho. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) diz que os números ainda estão dentro da normalidade.

O infectologista Luiz Alberto Marinho explica que "quando ocorrem surtos de gastroenterite infecciosa, como é o caso, inicialmente se pesquisa alimentos e água ofertada". Para ele, as infecções decorrerem da ingestão de alimento é algo descartado, pois as notificações vêm de pessoas de locais e hábitos diferentes, não algo ao qual um mesmo grupo tenha sido submetido. "Quando se aumenta o número de casos de gastroenterite em uma cidade, geralmente se procura o elemento água para ver se ela, neste momento, está sendo ofertada com todos os rigores existentes para água potável", esclarece Luiz Alberto Marinho.

Segundo profissionais de saúde, os surtos de doenças respiratórias e de gastroenterite são comuns em períodos de chuvas intensas, como o que Natal tem passado desde o início de junho. Luiz Alberto diz que, em certas vezes, isso decorre de reservatórios receberem infiltrações durante este período, comprometendo a qualidade da água distribuída. Ele chama a atenção para que autoridades e responsáveis pela distribuição de água potável à população, analisem se neste momento em que chuvas são abundantes, algum reservatório tenha sofrido uma contaminação ou algo parecido que comprometa a qualidade da água ofertada.

Procurada, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que não identificou qualquer irregularidade em nenhum dos seus reservatórios e tranqüiliza a população quanto ao uso da água. Segundo a nota, antes de chegar às torneiras do consumidor, a água distribuída passa por um rigoroso processo de tratamento, que garante o cumprimento dos parâmetros de qualidade estabelecidos pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde. A nota ressalta que a Caern realiza análises diárias, que incluem avaliação de parâmetros como cor, turbidez, pH e coliformes com amostras coletadas em diferentes pontos da cidade. "Todas as análises atestam a qualidade do produto e asseguram que a água distribuída pela Caern está dentro dos padrões de potabilidade", diz a nota.

A contaminação da gastroenterite acontece pela ingestão de alimentos ou água infectados com vírus ou bactérias. Os mais conhecidos são o rotavírus e a salmonela. O tratamento passa pela hidratação, ou seja, repor a quantidade de líquido perdida pelo paciente. Se for comprovado que a infecção ocorreu por meio de uma bactéria, antibióticos podem ser utilizados.



Fonte:  DIARIOdeNATAL
Via   DNonline
Jéssica Barros
jessicabarros.rn@dabr.com.br 

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