segunda-feira, 30 de julho de 2012

MAPA DA DENGUE ATRAVÉS DE APARELHOS ELETRÔNICOS


Hospital Universitário desenvolve aplicativo para mapeamento da dengue


Imagem/Arquivo Blog "naserra"
 Um grupo formado por pesquisadores e estudantes do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) desenvolveu um aplicativo para aparelhos eletrônicos, como tablets e celulares, conectado à internet com sistema de localização via satélite, que mapeia o número de focos e a incidência de infectados pelo mosquito Aedes aegipty, transmissor da dengue.

O aplicativo, conhecido como "Observatório Nacional da Dengue", permitirá tanto aos gestores quanto à população o gerenciamento dos casos de dengue nos municípios, possibilitando ações de controle e combate mais eficazes, como rotas eficientes para o carro-fumacê nas localidades infestadas.

Segundo o pesquisador e coordenador do projeto, professor Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim, o aplicativo é pioneiro e inovador por possibilitar em tempo real a coleta e envio de casos de dengue, em números, para as secretarias de saúde, aprimorando um sistema que manualmente levaria aproximadamente 30 dias para que os dados coletados fossem inseridos na base de dados.

"Interligando em tempo real o sistema de dados sobre a dengue é possível saber se em alguma rua o proprietário da residência se recusou a receber o agente de endemias, é possível também consultar se um município próximo à região de grande incidência de casos já foi afetado, para que ações conjuntas a nível municipal, estadual e federal possam ser realizadas", explicou o pesquisador.

Em março de 2012 foram iniciados os testes em parceria com agentes de endemias do município de Natal, sendo coletadas informações sobre o bairro de Capim Macio, zona sul da capital. Os profissionais receberam um tablet com o mesmo questionário aplicado atualmente em papel.

À medida que as informações iam sendo inseridas, o aplicativo as enviava via satélite para um servidor (sistema central) instalado no laboratório do Onofre Lopes. Quando recebidos, o site do projeto sofria atualização em tempo real colocando à disposição pública o mapeamento da dengue no bairro visitado.

No caso da população, o acesso aos dados coletados se dará por meio de uma página online e através das mídias sociais (facebook e twitter), cujo endereço do site é: http://observatoriodengue.lais.huol.ufrn.br/.

O projeto do aplicativo "Observatório Nacional da Dengue" começou a ser desenvolvido em dezembro de 2011 no LAIS, de forma multidisciplinar, ou seja, por professores e estudantes da área de enfermagem, engenharia, medicina e informática que lidam com saúde e dados do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL).

A equipe faz parte da linha de pesquisa sobre informática aplicada à área da saúde, no Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) do hospital Universitário Onofre Lopes, da UFRN.

Os pesquisadores e colaboradores envolvidos na criação do aplicativo são: Ricardo Valentim, coordenador do Projeto; Jailton Carlos, gerente do projeto; Jalerson Lima, gerente do projeto; Sedir Morais, pesquisador e desenvolvedor; e Daniele Montenegro, pesquisadora e desenvolvedora, além de estudantes de graduação e pós-graduação.

Segundo Ricardo Valentim, algumas prefeituras já entraram em contato com o grupo demonstrando interesse na compra do aplicativo, porém a venda efetiva só deve ser realizada após conversa com o governo federal, pois a ideia é fazer um sistema nacional, o que diminuirá os custos.

Ainda não há um valor fixo para o custo operacional, mas basicamente o ônus será da compra do aparelho, seja tablete ou celular e do trabalho de pesquisa e a capacitação dos profissionais estará inclusa no valor final.

"É muito mais barato investir em um sistema que possibilite o controle, a medicina preventiva que a curativa. Se o gestor investe R$ 1,00 em atenção básica, poupa R$ 50,00, pois é mais barato evitar uma doença que arcar com a medicação e a internação de doentes", afirmou o coordenador do projeto.

Com informações da Agecom-UFRN

Via   Jornal  Tribuna do Norte

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