Genealogia cascudiana
Filha de Câmara Cascudo, Anna Maria lança,
no dia 25, o livro Fragmentos de um Legado, sobre o avô Teotônio
Freire
O cotidiano de Câmara Cascudo nem sempre esteve às voltas do folclore e das manifestações artísticas populares. A atmosfera das letras jurídicas também rondava a famosa casa situada na subida da Junqueira Aires - palco de tantas apresentações e folguedos em décadas passadas. É que ali também morou o sogro de Cascudo, o juiz José Teotônio Freire. Fruto do casamento com Maria Leopoldina Viana Freire, nasceu também na mesma casa dona Dhália, mulher de Cascudo. E décadas depois, sob o mesmo teto, a única filha do casal e futura promotora de Justiça, Anna Maria Freire Cascudo.
Presidenta do Instituto Ludovicus, Anna Maria revela na obra memórias da família. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
Para contar as raízes de toda essa árvore genealógica e o perfil do avô materno, Anna Maria lança nesta quarta-feira, 25, o livro Fragmentos de um Legado, às 17h. O local será o Tribunal de Justiça. A princípio, a casa que hoje abriga o Instituto Câmara Cascudo seria o mais provável. Mas a escolha da sede do TJ tem um motivo: "Meu avô Teotônio Freire foi quem presidiu por maior tempo o Tribunal de Justiça. Foram 13 anos. E ele se referia ao Tribunal como sua segunda casa. Nada mais justo que prestar esta homenagem a ele por lá", comentou Anna Maria Cascudo.
Nos arquivos do Tribunal Anna Maria encontrou melhor acervo de material sobre o avô. A discrição da personalidade do jurista foi a maior dificuldade para colher informações para enriquecer o livro. "Ele era muito correto, discreto, um homem probo, honesto - a figura mesmo de um jurista. Sempre pensei nele como o estereótipo do jurista", recorda Anna Maria, puxando suas lembranças infantis para lembrar o período de convivência junto ao avô. "Quando ele morreu, eu ainda era criança. Mas além da memória, construí o livro também com pesquisa genealógica feita por Anderson Tavares - um estudioso da genealogia - e muita pesquisa".
Exposição
Acervo pessoal/Divulgação |
No
lançamento também vai ter exposição montada pelo escritor Eduardo
Gosson. "Pela discrição do meu avô, eu só tinha encontrado duas fotos
dele. Mas Eduardo conseguiu mais e montou esta exposição".
Embora de
personalidade introspecta, Teotônio Freire influenciou de alguma maneira
a carreira profissional da neta Anna Maria, mesmo mergulhada no mundo
de cores e ritmos do folclore.
"Somos uma mistura de raças e momentos. Talvez tenha recebido pouca influência do meu avô porque era muito pequena. Mas sempre segui minha vida com independência. Escrevi em jornais com 13 anos de idade. Fui a primeira mulher a funcionar em um júri de Natal, com 17 anos (enquanto promotora adjunta).
"Somos uma mistura de raças e momentos. Talvez tenha recebido pouca influência do meu avô porque era muito pequena. Mas sempre segui minha vida com independência. Escrevi em jornais com 13 anos de idade. Fui a primeira mulher a funcionar em um júri de Natal, com 17 anos (enquanto promotora adjunta).
Não cheguei a
estudar folclore por influência de meu pai porque eu vivia o folclore.
Sempre me interessei pela cultura popular. Mas o direito estava no DNA".
E brinca: Em meu nome de solteira (Anna Maria Freire Cascudo), o Freire
vinha até antes do Cascudo".
Fonte: DIARIOdeNATAL
Via DNonline
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