Junior Santos
Greve entra na quarta semana, sem previsão de chegar ao fim, nas agências de bancos públicos como Caixa Econômica e Banco do Brasil |
Reuniões como a de ontem foram realizadas em diversos estados do país com o objetivo de avaliar a proposta dos bancos para reajuste de 10% nos salários dos profissionais. O Comando Nacional dos Bancários orientou que os sindicatos locais acatassem a proposta e decidissem pelo fim da greve, iniciada no dia 6 de outubro.
Cidades de 20 estados brasileiros acataram a orientação e deram fim à paralisação. Porém, os profissionais do Rio Grande do Norte ainda cogitavam a possibilidade de manutenção da greve, pois, de acordo com a coordenadora do Sindicato dos Bancários do RN, Marta Turra, a proposta dos bancos não atenderia aos pleitos da categoria, principalmente por não haver a previsão da convocação de novos funcionários concursados (Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste) e também pontos relacionados a benefícios aos profissionais, como plano de saúde e plano de carreira.
A Federação Nacional dos Bancos (Fanaban) propôs reajuste de 10% sobre salários, benefícios e participação nos lucros. A federação também propôs correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de seis horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de oito horas, de um total de 112 horas. Apesar disso, a categoria teve dificuldades para entrar em consenso.
Os bancários pediram um reajuste salarial de 32% neste ano. No entanto, os bancos apresentaram uma contraproposta de apenas 5,5%.
Segundo balanço do comando de greve, o movimento foi encerrado total ou parcialmente em 16 estados. Em Alagoas, além dos bancos privados, a greve no Banco do Nordeste foi encerrada, mas continua na CEF e no Banco do Brasil. Na Bahia, apenas o BNB continuará em greve. No Ceará só os bancos privados voltam ao trabalho. No dois maiores centros financeiros do país – São Paulo e Rio de Janeiro – os bancários decidiram encerrar o movimento em todos os bancos.
Depois de 21 dias, a greve já começa a causar problemas para os clientes. Com a paralisação, serviços básicos ou considerados essenciais, como depósitos de cheques e em dinheiro, realizados nos caixas eletrônicos, são compensados normalmente. No entanto, empréstimos, contratos ligados a programas habitacionais, pedido de novos ou renovação de cartões de débitos ficam para quando a greve terminar.
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