Na manhã de ontem (22), o Governo do Estado informou que o ponto dos professores que foram convocados e não se reapresentaram foi cortado. O Ministério Público publicou recomendação no dia 27 de junho sugerindo ao Governo a determinação do retorno ao trabalho de 32 servidores, tomando por base a Lei Complementar Estadual 122/94, que limita em três o número de funcionários que podem ficar à disposição de sindicatos. Para o Sinte, não é possível viabilizar o funcionamento do sindicato com três servidores à disposição.
Para a coordenadora-geral do Sinte, Fátima Cardoso, a intenção do Executivo é fechar o Sinte. “Nós lamentamos a perseguição do Governo. Nós vamos continuar tentando o diálogo, para resolver a situação. Sexta-feira passada estava marcada uma audiência que não aconteceu. Já pedi um novo requerimento e espero que haja uma nova reunião o mais rápido possível”, disse a sindicalista.
Segundo informações do diretor de Organização do Sinte, Francisco de Assis Silva, há 38 pessoas ocupando cargos de direção local e mais 16 ocupando vagas de direção em unidades regionais pelo interior do Estado. No entanto, ele afirma que, destes, 20 estão cedidos ao órgão. Os demais estariam conciliando o trabalho nas escolas com o do Sinte. “Temos muitos diretores que não têm disponibilidade para o Sinte porque estão em sala de aula”, disse Assis Silva.
Ao contrário da redução no número de professores cedidos, a intenção do Sinte seria conseguir junto ao Governo mais 16 cessões para ocupar as 13 diretorias, além de vagas de coordenação geral, conselho fiscal e suplentes em conselho diretor. “É o que precisamos”, disse Francisco Assis Silva.
Em comunicado à imprensa, o Governo do Estado confirmou que vai manter o corte do ponto dos professores, de acordo com a recomendação do Ministério Público.
Funcionários
Além dos ocupantes de cargo de direção, o Sinte também possui trabalhadores terceirizados exercendo funções dentro da entidade. De acordo com o sindicato, são 34 funcionários divididos entre a sede da avenida Rio Branco, em Natal, a área de lazer de Ponta Negra, a Casa do Trabalhador em Educação e nas unidades regionais. A folha salarial bruta é de aproximadamente R$ 50 mil.
Número de ocupantes por cargo
Coordenação Geral (3 vagas)
Conselho Fiscal (6 vagas)
Suplentes do Conselho Diretor (6 vagas)
Diretoria de Finanças (2 vagas)
Diretoria de Comunicação (2 vagas)
Diretoria de Cultura e Lazer (2 vagas)
Diretoria de Formação Sindical e Educacional (2 vagas)
Diretoria de Assuntos Jurídicos (2 vagas)
Diretoria de Organização da Capital (2 vagas)
Diretoria de Administração da CTE (1 vaga)
Diretoria de Organização dos Funcionários da Educação (2 vagas)
Diretoria de Organização (2 vagas)
Diretoria de Relação de Gênero (2 vagas)
Diretoria de Relações Sindicais e Interior (2 vagas)
Diretoria dos Aposentados (2 vagas)
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