terça-feira, 3 de julho de 2012


 

"MOMENTO SAÚDE"

Intertrigo candidisíaco

Dr. Dráuzio Varella
Intertrigo candidísiaco é uma infecção da pele causada por Candida albicans, o mesmo fungo que causa a candidíase. Esse micro-organismo habita normalmente a pele e alimenta-se de queratina (ceratina), uma proteína presente na epiderme e principal constituinte do cabelo, pelos, unhas, etc.

Em geral, as lesões ocorrem nas áreas de atrito das dobras da pele, em qualquer região do corpo, mas especialmente nas axilas, virilhas, debaixo das mamas e entre as coxas. No início, elas têm aparência de uma placa eritematosa (avermelhada), úmida e descamativa, que vai crescendo e ao redor da qual se espalham pequenas vesículas vermelhas à distância. Essas vesículas acabam se rompendo e unindo-se entre si, favorecendo assim a formação de novas placas que agravam o quadro.

Causas

A Cândida albicans é encontrada na pele sem causar nenhuma alteração. No entanto, nas áreas sujeitas a atritos, sob o efeito do calor e da umidade, pequenas fissuras podem servir de porta de entrada para a infecção por esse fungo. Baixa de imunidade, uso prolongado de antibióticos, obesidade, diabetes e roupas de tecido sintético são outros fatores de risco para o desenvolvimento da infecção.

Sintomas

Além das lesões de pele, prurido (coceira), sensação de formigamento e queimação são sintomas do intertrigo candidisíaco, que nem sempre se manifestam nos episódios da doença.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se na localização e características das lesões. Pode fazer-se necessário recorrer a exames laboratoriais de cultura que revelam a presença e identificam o tipo de fungo causador da infecção.

Prevenção

A principal medida para prevenir a infecção por fungos é manter a pele seca, especialmente nas dobras de pele, pois umidade e calor compõem o ambiente propicio para sua proliferação. É também importante não usar roupas íntimas de tecido sintético, perder peso e controlar os níveis de glicemia em sangue.

Tratamento

O tratamento deve ser prescrito pelo médico depois de avaliar as características da infecção. Basicamente, consiste na aplicação tópica de pomadas ou cremes à base de antifúngicos e corticosteroides, como a hidrocortisona. O uso de antibióticos só se faz necessário nos casos de infecções secundárias por bactérias. Quadros mais graves podem exigir o uso de medicamentos por via oral.
Tendo em vista que o intertrigo candidisíaco é uma dermatite sujeita a recidivas, manter os cuidados preventivos deve ser uma preocupação constante.

Recomendações

* Enxugue bem a pele depois do banho. Utilize o secador de cabelos com jato morno nas dobras de pele para secar completamente essas áreas mais suscetíveis à proliferação de fungos;
* Coloque logo roupas secas depois de ter transpirado muito, ou entrado em contato com a água não só a do mar ou da piscina;
* Não use roupas intimas muito justas. Dê preferência às fabricadas com puro algodão. Os tecidos sintéticos dificultam a evaporação e ajudam a reter o suor;
* Lembre-se de que clima quente e úmido favorece o aparecimento de lesões de pele;
* Não se automedique, nem vá atrás de “receitinhas milagrosas” para tratar o intertrigo. Procure um dermatologista tão logo apareçam as primeiras lesões para diagnóstico e tratamento específico.


Fonte:  Dr. Dráuzio Varella

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