Unicat retoma distribuição de medicamentos
Pacientes que receberam órgãos em transplante, principalmente rins, estavam sem medicação distribuída pela Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) há alguns meses. A falta dos medicamentos, indispensáveis ao tratamento pós-transplante, estava colocando em risco a vida de pacientes. O assunto foi tema de reportagem do jornal O Mossoroense no dia 27 do mês passado.
O presidente da Associação dos Renais Crônicos e Amigos de Mossoró e Região (Arcam), Marcos Freitas, alertou com os medicamentos são necessários para os transplantados e não são vendidos em farmácias. "Por isso, que nós (transplantados) dependemos mensalmente da distribuição desses remédios pela Unicat", disse.
Freitas é transplantado há quatro anos. Há três meses foi à Unicat para receber o medicamento ciclosporina de 50 e 25mg, mas não encontrou. Conseguiu dias depois, após protesto, mas há duas semanas deparou-se de novo com o problema.
Entretanto, ontem, a Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) divulgou nota informando que a Unicat, órgão responsável pela distribuição de medicamentos da Sesap, está distribuindo medicamentos para transplantados.
"Os medicamentos azatioprina 50mg e ciclosporina de 25, 50 e 100mg, utilizados para atendimento a pessoas que se submeteram a transplantes de órgãos, já estão com o estoque e a dispensação regularizados na Unicat", informa a nota.
E acrescenta que os transplantados cadastrados podem mandar um representante buscar os seus medicamentos. Para isso, basta assinar um documento denominado "Declaração Autorizadora" que deverá ser acompanhada de cópias dos RGs do usuário e do responsável, bem como os originais para conferência.
Para receber medicação, o usuário precisa apresentar documentação referente ao seu estado de saúde, inclusive laudo próprio fornecido pelo seu médico assistente. Os usuários podem obter informações também pelos telefones: 0800 281-6861/ (84) 3232-6860/ (84) 3232-6861.
Marcos Freitas diz esperar que a falta de medicamentos não volte a acontecer, advertindo que pode acarretar uma série de problemas, inclusive o retorno à hemodiálise, no caso dos pacientes renais. Quanto aos transplantados de coração, por exemplo, as consequências podem ser ainda mais graves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário