sábado, 7 de abril de 2012

APOSTAR NA PREVENÇÃO E NÃO NA DOENÇA

Prevenir é bom para o bolso 
 
Programas oferecidos por operadoras e planos de saúde rendem aos usuários medicamentos grátis e descontos

Os usuários de planos de saúde foram convencidos pelo bolso. Em apenas seis meses pulou de 198 mil para 932 mil o número de beneficiários que aderiram aos programas de prevenção a doenças e promoção à saúde bancados pelas 1.600 operadoras no país. São 543 programas que oferecem incentivos financeiros aos participantes. A bonificação prevê a distribuição gratuita de medicamentos, sorteios de brindes e até descontos nas mensalidades dos planos. No médio e longo prazos, as empresas contam com a redução dos custos com consultas, exames e internações.
Arte: Fernando Lopes/CB/D.A Press
Apostar na prevenção, e não na doença. Essa é a tônica dos programas propostos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). "A resposta foi mais rápida do que esperávamos. Já havia a maturidade sobre o tema de sustentabilidade e da necessidade de promover a saúde das pessoas por parte das operadoras", diz Martha Oliveira, gerente geral de regulação assistencial da ANS. A técnica da agência também destaca a percepção do usuário sobre a importância de aderir aos programas.

No primeiro balanço dos programas registrados na ANS é possível comparar a evolução do impacto financeiro no caixa das operadoras. Foram analisados dois grupos de usuários de determinada operadora, sendo um monitorado pelo programa e outro sem controle. Foi verificada uma redução de 9,83% nos custos assistenciais e uma economia bruta de R$ 256,87 entre os grupos. "A intervenção pode até ser custosa para a operadora no começo do programa, mas em 14 meses tem um retorno financeiro", avalia Martha.

Segundo a gerente da ANS, cada programa tem um perfil de investimento e retorno financeiro diferente. Estudos técnicos da agência apontam que para cada R$ 1 investido nos programas de promoção à saúde e prevenção de doenças, as operadoras tenham um retorno de R$ 2. Esses programas têm de ser registrados e são monitorados pela agência.

Além do comprovado retorno financeiro para as empresas, a ANS identificou alguns resultados positivos para os usuários que aderem aos programas de prevenção. Entre eles, a diminuição da exposição a fatores de risco, como inatividade física, alimentação inadequada e tabagismo. Houve o aumento da utilização de exames preventivos e tratamento precoce do câncer, além da diminuição da taxa de internação por doenças crônicas e mudanças de hábitos, assim como do ambiente doméstico, para evitar a queda em idosos. 


Fonte:  DiariodeNatal
Rosa Falcão
Via   dnonline

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