Vacina contra a dengue em testes
Em fase de testes há quase dois anos, a vacina contra os sintomas da dengue vem sendo ministrada em 850 crianças e adolescentes natalenses. A pesquisa, desenvolvida na Ásia e na América Latina sob orientação do laboratório francês Sanofi Pasteur, ocorre em cinco cidades brasileiras: Natal, Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Vitória (ES). O centro de pesquisa local funciona nas dependências do Hospital Infantil Varela Santiago, sob coordenação do médico infectologista Kleber Luz. Os estudos são divididos em duas fases (aplicação e monitoramento), e irão durar três anos antes da substância ter sua eficácia comprovada.
Júnior SantosVoluntários natalenses testam a substância que irá combater os quatro tipos de vírus existentes
"Estamos
aplicando a terceira dose da vacina nos voluntários, ministrada de seis
em seis meses, e com isso concluímos a primeira fase da pesquisa",
explicou o médico. De acordo com Kleber Luz, a avaliação da nova
substância segue padrões internacionais de pesquisas, onde metade das
pessoas recebem a vacina e a outra metade placebo. "Iremos monitorar os
pacientes pelos próximos dois anos, antes de elaborar relatório com os
resultados finais". A vacina tem largo espectro, é tetravalente, e a
meta é combater os quatro tipos de vírus existentes.
Boa parte dos voluntários que participam da pesquisa são de Felipe Camarão, bairro onde, historicamente, se registra o maior índice de pessoas infectadas pela doença na capital potiguar. As pesquisas em Natal começaram em 2011, e a cidade foi selecionada para participar dos testes pela incidência dos casos e "pela possibilidade de desenvolver os estudos", disse Luz. Segundo o infectologista que coordena a pesquisa no RN, os resultados verificados na Ásia, onde a pesquisa está mais avançada, "são promissores": "A questão agora é atestar a eficácia da vacina nos latino-americanos, saber se haverá alguma reação diferente da constatada nos orientais".
Além do Brasil, o laboratório francês também testa a vacina em Porto Rico, Colômbia e México, entre outros países onde a dengue é considerada uma epidemia. Ao todo cerca de 20 mil voluntários estão envolvidos na pesquisa.
Boa parte dos voluntários que participam da pesquisa são de Felipe Camarão, bairro onde, historicamente, se registra o maior índice de pessoas infectadas pela doença na capital potiguar. As pesquisas em Natal começaram em 2011, e a cidade foi selecionada para participar dos testes pela incidência dos casos e "pela possibilidade de desenvolver os estudos", disse Luz. Segundo o infectologista que coordena a pesquisa no RN, os resultados verificados na Ásia, onde a pesquisa está mais avançada, "são promissores": "A questão agora é atestar a eficácia da vacina nos latino-americanos, saber se haverá alguma reação diferente da constatada nos orientais".
Além do Brasil, o laboratório francês também testa a vacina em Porto Rico, Colômbia e México, entre outros países onde a dengue é considerada uma epidemia. Ao todo cerca de 20 mil voluntários estão envolvidos na pesquisa.
Inseto transgênico combate a doença na Bahia
Paralelo
aos estudos da vacina francesa, o Brasil é o primeiro país das Américas
a combater o Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue) com uma
versão geneticamente modificada do inseto - que nasce com uma disfunção
metabólica. A pesquisa com o mosquito transgênico, libertado na natureza
de forma controlada, começou em Juazeiro (BA) e tem como objetivo
promover o cruzamento entre os machos modificados e fêmeas selvagens.
Durante a fecundação, os machos transmitem um defeito para a prole, fazendo com que morram ainda na fase de larva - fato que poderá acarretar a diminuição de mosquitos e, consequentemente, a redução no número de novos casos.
Os mosquitos mutantes são desenvolvidos pela empresa britânica Oxitec, dentro do Projeto Aedes Transgênico (PAT), e os testes acontecem no sertão baiano desde o ano passado. Durante esse período, a quantidade de mosquitos da espécie onde os estudos estão sendo desenvolvidos já caíram mais de 75%.
Durante a fecundação, os machos transmitem um defeito para a prole, fazendo com que morram ainda na fase de larva - fato que poderá acarretar a diminuição de mosquitos e, consequentemente, a redução no número de novos casos.
Os mosquitos mutantes são desenvolvidos pela empresa britânica Oxitec, dentro do Projeto Aedes Transgênico (PAT), e os testes acontecem no sertão baiano desde o ano passado. Durante esse período, a quantidade de mosquitos da espécie onde os estudos estão sendo desenvolvidos já caíram mais de 75%.
Casos de dengue em Natal
Até
a primeira quinzena do mês de agosto, foram registrados em Natal,
segundo boletim publicado pela Secretaria Municipal de Saúde, 10.323
casos de dengue clássico - número que corresponde a um aumento de 7,35%
em relação ao mesmo período de 2011. Os casos mais graves da doença
atingiram a marca dos 594 casos confirmados, ou um aumento de 59,24% em
relação ao ano passado.
FONTE
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