quinta-feira, 27 de setembro de 2012

FIM DA GREVE NOS BANCOS PRIVADOS


Greve termina nos bancos da rede privada


A greve dos bancos privados termina após nove dias de paralisação. Entretanto, a dos bancos públicos continua, após decisão tomada ontem  à noite em assembleia realizada com os trabalhadores potiguares da categoria. Segundo Marta Turra, coordenadora geral do sindicato no Rio Grande do Norte, os depósitos da Caixa Econômica Federal serão feitos pelas lotéricas. No Banco do Brasil, os depósitos serão feitos apenas pela manhã, das 8h às 10h nas duas agências de Parnamirim e das 10h às 12h nas agências no Norte Shopping, Midway e Natal Shopping.

Aldair DantasAgências dos bancos privados reabrem nesta quinta-feiraAgências dos bancos privados reabrem nesta quinta-feira

A decisão de encerrar a greve na rede privada foi aprovada pelo comando nacional e referendada em assembleias. Isso porque, na terça-feira passada, a Federação Nacional de Bancos (FENABAN) havia apresentado proposta de um reajuste de 7,5% para os salários, o que representa aumento real de 2%. A oferta dos banqueiros agradou aos sindicalistas que sinalizaram o fim da greve. Até o fechamento desta edição, os bancários de instituições privadas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Rondônia, Roraima e Rondônia confirmaram a volta ao trabalho nesta quinta-feira.

No meio da noite foi confirmado o fim da greve no Banco do Brasil em  pelo menos cinco capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.  A proposta foi rejeitada pelos grevistas da Caixa Econômica Federal.

A decisão de manter o movimento grevista na Caixa Econômica Federal foi aprovada nas principais capitais do País. Os bancários rejeitaram a proposta  da Federação Nacional de Bancos por considerar que ele não atende aos anseios da categoria. Hoje, trabalhadores da Caixa fazem nova assembleia para listar quais revindicações ainda não foram atendidas pelo setor patronal.

No caso da rede privada, a proposta foi aprovada por unanimidade, informou ontem a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. De acordo com ela, os funcionários dos bancos privados representam quase 90% do total dos bancários de São Paulo. Ao todo, a categoria tem 500 mil trabalhadores no País, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

No final de agosto, a FENABAN havia apresentado proposta linear de reajuste de 6% para salários, pisos e benefícios. O pedido dos trabalhadores anteriormente era de 10,25% de reajuste salarial, sendo 5% de aumento real. Em 2011, de acordo com Cordeiro, a categoria ficou parada por 21 dias e recebeu aumento real de 1,5%. Neste ano, com oito dias de mobilização, os bancários conseguiram aumento real de 2%.

Entre outras coisas, a FENABAN propôs, além do aumento salarial, reajuste de 8,5% (2,95% de aumento real) para piso salarial, vale alimentação e vale refeição. O piso do caixa passa de R$ 1 900,00 para R$ 2.056,89. O vale alimentação passa de R$ 339,08 para R$ 367,92. O vale-refeição vai de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia.  Os dias de greve não serão descontados dos bancários, mas terão de ser compensados.

CRÉDITO

A greve poderá contribuir para o aumento da taxa média de juros bancários apurada pelo Banco Central no mês de setembro, segundo comentou o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel. O dado será divulgado pela instituição no final do próximo mês. A paralisação pode influenciar ainda os dados de inadimplência. Maciel lembrou que, no ano passado, os dados de outubro refletiram o efeito da greve naquele mês.
 
 
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