Sindicato dos Correios local se reúne para discutir possível greve
O
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Norte
(Sintect-RN) realiza hoje, às 18h, na sede do Sindicato dos
Rodoviários (Sintro), em Natal, e na sub-sede de Mossoró, avenida
Jerônimo Dix-zuit Rosado, assembleia para avaliar a campanha salarial e
deliberar sobre a proposta do indicativo de greve.
Segundo o presidente do Sintect de Mossoró, José Ferreira, as negociações a favor dos trabalhadores não têm avançado nesses últimos meses.
"Pedimos um reajuste de 43,7% e um aumento de R$ 200 linear, porém a única proposta que recebemos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) foi a respeito do reajuste que seria de apenas 3%, que não cobre nem a inflação. A classe deseja que a empresa melhore a proposta, pois não queremos fazer greve. Sabemos que esta medida prejudicará os usuários e principalmente a nós funcionários, uma vez que, além de sermos cidadãos, desta forma não teremos acesso aos serviços, também teremos nosso trabalho acumulado e atrasado com a paralisação das atividades".
Ele destaca que outro ponto a ser discutido pelos trabalhadores dos Correios diz respeito ao reforço da segurança nas agências.
"As unidades do interior são as mais prejudicadas pelas ações dos criminosos. Para se ter uma ideia, a agência de Macaíba foi assaltada duas vezes em menos de 10 dias, a de Janduís contabilizou cinco ações desse tipo apenas este ano. Os assaltos não geram prejuízos somente para a empresa, os funcionários são os principais afetados, eles carregam traumas das ações, muitas vezes ficam impossibilitados de realizar suas funções após os incidentes. Além disso, após algum roubo é preciso fechar a unidade para realizar uma perícia no local, atrapalhando o andamento do serviço oferecido à população", explicou José Ferreira.
A ECT rejeitou a proposta dos sindicatos, que não fizeram contraproposta e continuam defendendo sua pauta de reivindicações inicial, que é reajuste salarial, contratação dos concursados, reforço na segurança e redução da jornada de trabalho dos atendentes comerciais. De acordo com os Correios, somente os itens econômicos dessa pauta, se atendidos, gerariam acréscimo de até R$ 25 bilhões na folha de pagamento, que tem previsão de receita de R$ 15 bilhões para este ano.
Fonte: Redação do Jornal O Mossoroense
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