Petroleiros protestam em frente a base da Petrobras
Secretário Geral do Sindipetro/RN, Marcio Dias,
fala sobre protesto em Canto do Amaro
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Desde 5h da manhã de hoje, quarta-feira, 19, o Sindicato dos
Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro/RN) está coordenando um
protesto em frente à base da Petrobras, do Campo Petrolífero de Canto do
Amaro. A mobilização que impede a entrada dos servidores na base
integra uma série de ações organizadas em todo o território brasileiro
com o objetivo de cobrar mais segurança para os trabalhadores do setor.
Cedida
Segundo informações repassadas por telefone, pelo secretário geral do
sindicato, Márcio Dias, cerca de 300 trabalhadores estão participando
do protesto que seguirá até as 11h30. Márcio Dias frisa que o protesto
foi motivado devido ao grande número de acidentes envolvendo servidores
da Petrobras, mas principalmente, funcionários de empresas
terceirizadas.
Esse ano já foram registradas seis mortes de trabalhadores do setor
petrolífero, duas delas aqui no estado. O representante do Sindipetro/RN
frisa que desde 1995, 318 trabalhadores morreram vítimas de acidentes
de trabalho. Sem contar o grande número de acidentes de menor gravidade,
que não matam, mas deixam trabalhadores mutilados.
“É um protesto contra a política de insegurança em torno da
Petrobras. Contra a precarização do trabalho, provocada pela política
selvagem de terceirização, danosa e letiva para os trabalhadores. Com
contratos cada vez menores, para reduzir custos, fazendo com que os
salários sejam cada vez mais reduzidos, extirpando direitos, sonegando
direitos, utilizando equipamentos de proteção de qualidade inferior. É
uma vergonha nacional. A sociedade acha que é uma maravilha trabalhar
nesse setor, na Petrobras, mas só quem entra aqui é que sabe”, comenta.
Na semana passada, uma mobilização semelhante foi realizada pelo
Sindipetro/RN, na base do Riacho da Forquilha, próximo de Apodi.
O coordenador geral do Sindipetro/RN, Dedé de Araújo, está no Rio de
Janeiro, participando de uma reunião com a Petrobras, junto com
representantes de outros sindicatos de petroleiros de outros estados do
país, e com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), para discutir sobre
a campanha salarial, e sobre as mobilizações realizadas em todo o
Brasil.
Nara Andrade / Da Redação
FONTE
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