Mapas da vulnerabilidade à doença indicam que Europa, oeste e centro da África e da América do Sul enfrentam a ameaça de surtos
divulgação / Arquivo
Com o aquecimento global, Aedes aegypti passará
a habitar locais até então muito frios para abrigá-lo |
LONDRES - Partes da Europa, do oeste e do centro da África e da América do Sul enfrentam a ameaça de surtos de dengue devido a mudanças climáticas e maior urbanização, de acordo com os primeiros mapas da vulnerabilidade à doença divulgados nesta terça-feira pela Universidade das Nações Unidas.
Os pesquisadores afirmam que, à medida que o planeta aquece, a dengue pode alcançar grandes porções da Europa e regiões montanhosas da América do Sul, áreas hoje muito frias para abrigar o mosquito Aedes aegypti, transmissor so vírus, durante o ano inteiro.
“Mudanças no clima podem resultar num aumento da exposição e representar uma ameaça grave a áreas que não sofrem com a dengue endêmica no momento”, disse o relatório.
A previsão é que a doença também se espalhe pelas regiões central e ocidental do continente africano, onde o saneamento básico e o serviço de saúde são insuficientes.
Os novos mapas ilustram a expansão e a contração da vulnerabilidade à dengue durante o ano, mostrando os locais críticos e onde o vírus pode se tornar perigoso. Assim, os países poderiam fazer o monitoramento.
— Vimos em relação ao Ebola que neste mundo globalizado em que vivemos doenças infecciosas podem viajar — disse Corinne Schuster-Wallace, pesquisadora da Universidade das Nações Unidas. — As condições dessas doenças são dinâmicas, e, uma vez que estamos mudando o nosso padrão social e ambiental, a distribuição global de doenças como a dengue vai mudar.
Embora os mapas não tenham sido feitos para prevenir surtos, ela disse que se os mosquitos e o vírus chegam em áreas vulneráveis, a dengue pode se tornar endêmica nesse lugar.
Não há vacina para a dengue, doença que mata um número estimado de 20 mil pessoas por ano e infecta até cem milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No entanto, alguns especialistas afirmam que o número de pessoas infectadas por ano pode ser mais de três vezes a estimativa da OMS.
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MAGDALENA MIS
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Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/risco-de-dengue-no-mundo-cresce-por-mudancas-no-clima-urbanizacao-revela-pesquisa-14900804#ixzz3Mk18dakw
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