Investigação descobriu também "descontrole" nas obras da refinaria Abreu e Lima
Foto: Sergio Moraes / Reuters |
Uma auditoria interna da Petrobras, concluída em novembro e anexada aos documentos da Operação Lava Jato na última sexta-feira, aponta indícios de formação de cartel entre empreiteiras investigadas no esquema, como OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, Engevix e Iesa. As informações são da Folha de S. Paulo.
De acordo com o jornal, entre 23 processos licitórios da estatal analisados, 4 apresentaram "fragilidade" na seleção das empresas devido à inclusão de 13 licitantes que "não atendiam critérios definidos".
"Estes fatos, associados às declarações do Sr. Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras], indicam a possibilidade da existência de um processo de cartelização relativo às empresas indicadas nos processos", diz o texto.
Abreu e Lima
Ainda segundo a publicação, a auditoria descobriu "descontrole" nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, incluindo licitações feitas com base em projetos precários e concorrências repletas de irregularidades graves.
Assim como no custo inicial da obra, a fase avançada também contou com erros de cálculos. De acordo com o texto, as licitações entre julho de 2007 e maio de 2011 aconteceram "com baixo grau de definição do projeto básico", o que acabou o encarecendo em cerca de R$ 4 bilhões.
"Uma vez que os projetos não estavam suficientemente desenvolvidos, ocorreram questionamentos de licitantes quanto ao escopo dos objetos a serem contratados, necessidade de ajustes de quantitativos e de especificações", diz o texto.
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Procurada pela Folha, a Petrobras disse que não iria se manifestar.
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