quarta-feira, 24 de abril de 2013

VÍRUS SEMELHANTE AO DA HEPATITE C É ENCONTRADO EM MORCEGOS

Vírus semelhante ao da hepatite C é encontrado em morcegos, diz estudo

Vínculo entre doença humana e morcegos não está claro, dizem cientistas.
Descoberta ocorreu durante pesquisa sobre outra enfermidade.

Imagem/Arquivo Blog "naserra"
Os morcegos armazenam naturalmente vários grupos de vírus, incluindo um semelhante ao da hepatite C, ainda que seja desconhecida a relação entre os animais e a enfermidade infecciosa humana, de acordo com um estudo divulgado nesta semana na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, a “PNAS”.

A investigação afirma que foram encontrados nos morcegos grupos de hepacivírus e pegivírus que pertencem ao conjunto de vírus denominado ARN (ácido ribonucleico), que afeta vários animais.

Segundo Edward Holmes, cientista da Universidade de Sydney, na Austrália, a descoberta mostra que na natureza existem muitos vírus desse grupo, no entanto, o único que afeta os humanos e causa graves problemas de saúde é o da hepatite C.

O especialista indicou que a hepatite C pertence ao gênero dos hepacivírus, mas o vínculo entre a doença humana e os morcegos não está claro. “Os morcegos têm um papel importante na história evolutiva dos hepacivírus, no entanto, nada se sabe sobre a origem daquele que causa a hepatite C”, explicou.

A descoberta foi resultado de uma investigação sobre a síndrome respiratória aguda grave (Sars), um coronavírus que surgiu na China em 2002 e matou cerca de um décimo das 8.000 pessoas infectadas em todo o mundo. A partir da pesquisa, verificou-se que o causador desta enfermidade tinha origem nestes animais.

No entanto, os morcegos não transmitiram a doença diretamente a humanos, mas sim para um animal chamado civeta, que é consumido por humanos no país. A partir do consumo da carne é que se deu a transmissão. Por conta disto, Holmes explica que a descoberta não é motivo de alarde contra os morcegos.

Hepatite C

É uma doença crônica, de evolução lenta e silenciosa, que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado. A maior parte dos casos da doença ocorre por contaminação do sangue em transfusões realizadas antes de 1993, mas a transmissão acontece ainda por meio de objetos contaminados com sangue, como instrumentos de manicure, em procedimentos odontológicos, realização de tatuagens e colocação de piercings.

Quando a doença avança, os sintomas se tornam mais evidentes: urina escura, rosto amarelado, sensação de peso na barriga, porque o fígado começa a deixar de funcionar.
O exame para diagnosticar a hepatite C está disponível no Sistema Único de Saúde.




Do G1, em São Paulo

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