Estado de São Paulo tem quinze casos confirmados da doença, cujos sintomas são semelhantes aos da dengue. Todos os pacientes contraíram o vírus fora do país
Aedes aegypti: mosquito é transmissor da dengue e da febre chikungunya
(André Lucas Almeida/Futura Press/VEJA)
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Um caso de chikungunya, doença parecida com a dengue, foi confirmado nesta quinta-feira pelo serviço de vigilância epidemiológica de Araçoiaba da Serra, região de Sorocaba. Trata-se do 15º caso da doença no Estado de São Paulo. Todas as infecções foram contraídas no exterior, em países onde há circulação do vírus causador da doença. O paciente de Araçoiaba da Serra, um missionário que retornou do Haiti no dia 24 de julho, está em repouso e isolado em casa para evitar a propagação da enfermidade. Segundo a vigilância da cidade, o homem já apresentava os sintomas quando chegou da viagem.
Um dia após a notificação da suspeita, foram feitas coletas de material para exame e aplicação de inseticidas em 379 residências próximas do paciente. Como a doença é transmitida pelo mosquito Aedes, o mesmo da dengue, é preciso controlar o inseto para evitar que ocorram novos casos. Os trabalhos foram acompanhados pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). De acordo com a prefeitura de Araçoiaba da Serra, a cidade ainda não registrou casos autóctones (contraídos na própria cidade) de dengue em 2014.
Brasil — No Brasil, o sistema de vigilância do Sistema Único de Saúde (SUS) confirmou 30 casos de chikungunya até 1º de agosto, todos contraídos fora do país. Deles, 19 foram registrados em militares e missionários brasileiros que regressaram de missão no Haiti e oito casos de brasileiros que viajaram para a República Dominicana. Os outros são dois haitianos que viajaram ao Brasil e que já regressaram ao seu país de origem e um estrangeiro vindo do Caribe. Segundo o Ministério da Saúde, três casos continuam em investigação, um no Ceará e dois no Amapá.
Sintomas — A febre chikungunya é uma doença viral semelhante à dengue. Os sintomas iniciais são febre alta, de início repentino, dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dores de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. Ao contrário da dengue, uma parte dos indivíduos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas por até um ano.
A doença é comum em algumas regiões da África, mas já houve casos em países da Ásia e da Europa. Recentemente o vírus foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, que faz divisa com o Estado do Amapá. No Brasil, a preocupação é maior pela alta prevalência do Aedes aegypti e do Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela. O ciclo de transmissão da chikungunya é mais rápido que o da dengue. Em no máximo sete dias, o mosquito começa a transmitir o vírus.
(Com Estadão Conteúdo)
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