terça-feira, 19 de agosto de 2014

CPI DA PETROBRAS

CPI mista ouve nesta quarta dois funcionários da Petrobras

Imagem/blog naserra
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras retoma as atividades na quarta-feira (20), a partir das 14h30, com os depoimentos do gerente jurídico internacional da estatal, Carlos Cesar Borromeu de Andrade, e do diretor de Segurança Empresarial da empresa, Pedro Aramis de Lima Arruda.

Por causa da morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, a reunião da comissão do último dia 13 foi cancelada. Naquela ocasião, seria ouvido o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Não há ainda uma nova data para esse depoimento.

O pedido para a convocação de Borromeu foi apresentado pelos deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Sibá Machado (PT-AC). O parlamentar paranaense explicou que foi o gerente jurídico internacional da Petrobras quem defendeu que a estatal continuasse a disputa judicial com a empresa belga Astra Oil, em torno da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

“Apesar de o prejuízo da Petrobras na disputa, naquela época, já ter alcançado 639 milhões de dólares, Borromeu afirmou que a estratégia mais inteligente era prosseguir litigando de modo a evitar quaisquer pagamentos adicionais à Astra, a quem atribuiu uma postura belicosa", informou Bueno.

Já Pedro Aramis de Lima Arruda foi convocado a pedido de Sibá Machado e outros parlamentares para explicar as denúncias de pagamento de suborno a funcionários da Petrobras pela SMB Offshore. De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico, a companhia holandesa, que aluga navios-plataforma a petroleiras, teria pagado 139,2 milhões de dólares a empregados e intermediários da Petrobras.

A reunião da CPMI será realizada no plenário 2, da ala Nilo Coelho, no Senado.

Investigações

A CPMI da Petrobras funciona paralelamente à CPI exclusiva do Senado. As duas comissões de inquérito têm a missão de investigar denúncias de superfaturamento na construção de refinarias; falhas de segurança no lançamento de plataformas ao mar; prejuízos sofridos pela Petrobras na compra de Pasadena; e suposto pagamento de propina a funcionários para o fechamento de contratos internacionais.

Da Agência Câmara

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