Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Laboratório Central (Lacen), diagnosticou na última terça-feira (11), o primeiro caso de raposa positiva para a raiva no estado, neste ano. O animal agrediu uma pessoa e um cão na zona rural de Caicó, no dia 04 de junho passado e o resultado na prova da Imunofluorescência Direta foi positivo.
Segundo a subcoordenadora de Vigilância Ambiental (Suvam), Iraci Nestor de Souza, o diagnóstico foi informado ao Centro de Controle de Zoonoses de Caicó, que está providenciando ações de prevenção, como investigação e bloqueio vacinal, através da imunização de cães e gatos dentro da área de foco.
Iraci Nestor alerta que a raiva demanda uma maior atenção em relação aos animais silvestres do que no que se refere aos animais domésticos, sobre os quais já há mais controle por meio de campanhas de vacinação antirrábica canina e felina. Por isso, animais como guaxinim, gambá, morcego, macaco, roedores silvestres, raposa e cachorro do mato são classificados como animais de alto risco para transmissão da raiva, pois perpetuam o vírus mesmo quando o ciclo urbano, que envolve cão e gato, está controlado.
Além disso, há o risco de ocorrer a transmissão entre ciclos interrelacionados, como o urbano e o silvestre, o que justifica a necessidade de informar às secretarias municipais de saúde a ocorrência de agressões entre animais silvestres e domésticos.
No Rio Grande do Norte, desde 2005, já foram diagnosticadas 23 raposas positivas para raiva. Na região do Seridó, destaca-se a Serra Negra do Norte, onde foram registrados dois casos em 2012, e Caicó, que apresenta positividade para raiva nessa espécie animal pelo terceiro ano consecutivo.
O Programa Estadual de Controle da Raiva da Sesap alerta, ainda, para a importância do envio de amostras de animais suspeitos de raiva para diagnóstico laboratorial, pois essa ação é essencial para que medidas de vigilância e controle da raiva sejam iniciadas em tempo oportuno, como investigação, busca ativa por pessoas agredidas, notificação de epizootia e trabalhos educativos. Além disso, o Programa informa ser imprescindível que qualquer pessoa a qual tenha entrado em contato direto, através de mordidas, arranhões ou lambeduras, com animais potencialmente transmissores da raiva procure atendimento médico imediatamente.
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