Grande Natal tem oito hospitais
Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
A médica Jacila Braga, do HRMAB, de São José, afirma que "a unidade tem condições para isso, por ter equipamento de raio-x, de atender traumas simples, como luxações, torções, fratura de punho, torcicolos. Mas precisa ser equipada e ter mais profissionais". Ontem, a médica estava transferindo a paciente Maria Letícia da Silva, 15 anos, para Parnamirim. "Ela está com problema de torcicolo, mas é preciso ortopedista faça uma avaliação", explicou a médica.
No hospital regional de Macaíba, depois da interdição ocorrida no ano passado, a unidade reabriu apenas com 21 leitos de clínica médica. A obstetrícia, que antes da interdição chegou a fazer uma média de 160 partos/mês, está sem funcionar, aguardando reforma do centro cirúrgico e da sala de parto. Berços comuns e aquecidos, encubadora e diversos equipamentos estão sem uso.
A diretora geral Altamira Galvão de Paiva disse que aguarda orçamento para iniciar a reforma. Os dois hospitais não possuem autonomia financeira. Segundo os médicos do interior, a superlotação de Natal e Parnamirim deve-se a uma regulação ineficiente. No último sábado, no hospital de São José, a médica teve que aguardar cinco horas para a transferência de um paciente infartado.
Segundo o coordenador de Ortopedia do Estado, Jean Valber, a quebra no fluxo de pacientes da ortopedia tornou a superlotação mais crítica na última semana. O governo do Estado estava em débito com a Cooperativa de Médicos do RN que disponibiliza ortopedistas para os procedimentos. Eles só retomam o atendimento na segunda-feira.
Devido à greve, a unidade está trabalhando com 30% de sua equipe. "Nós só conseguimos fechar uma equipe, apesar de termos capacidade para fazer três cirurgias simultâneas", disse o médico. Ela acredita que se a retaguarda fosse estruturada melhor, desafogaria os hospitais de Natal e Parnamirim.
Fonte: Jornal Tribuna do Norte
Por Margareth Grillo - repórter
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