"MOMENTO SAÚDE"
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é
um espectro de doenças que inclui a bronquite crônica (estreitamento das
vias aéreas e paralisação da atividade dos cílios) e o enfisema (danos
irreversíveis nos alvéolos).
* Evite fumar. Dependendo de quanto os pulmões estejam afetados, parar de fumar pode reduzir, ou mesmo eliminar, os sintomas da bronquite crônica e impedir a progressão do enfisema, embora não reverta o processo já instalado. Os danos aos alvéolos são permanentes, por isso os sintomas do enfisema não desaparecem;
Fonte: Dr. Drauzio Varella
O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos. A constante
exposição a elementos irritantes, como poeira, poluentes do ar e vapores
químicos, também pode contribuir para o aparecimento da doença.
Sintomas
A DPOC é uma doença insidiosa de instalação lenta. Geralmente, o
primeiro sintoma é uma discreta falta de ar (dispneia) associada a
esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades
esportivas. Com o passar do tempo, a falta de ar vai se tornando mais
intensa e é provocada por esforços cada vez menores. Nas fases mais
avançadas, a falta de ar se manifesta mesmo com o doente em repouso e
agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras. Tosse produtiva
e encurtamento da respiração são sintomas que também podem estar
presentes nos quadros de doenças pulmonares obstrutivas.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se nos achados do exame físico e na história do
paciente. Como os sintomas podem não ser indicativos da extensão do dano
respiratório, é fundamental realizar um exame chamado espirometria para
avaliar a capacidade ventilatória pulmonar.
Muitos especialistas recomendam que toda pessoa que fuma há mais de
dez anos faça esse exame para que o diagnóstico seja feito nas fases
iniciais, quando o dano aos tecidos do sistema respiratório ainda não se
tornou irreversível.
Tratamento
Parar de fumar é a única forma de impedir o declínio progressivo da
função respiratória. Chicletes, adesivos de nicotina e drogas
antidepressivas como a bupropiona, associados a terapêuticas
comportamentais, são de grande utilidade para tratamento da dependência
de nicotina nos portadores de DPOC.
Drogas broncodilatadoras e os anticolinérgicos estão indicados para
aliviar os sintomas associados à produção e eliminação das secreções. Os
derivados da cortisona por via inalatória podem ser úteis, mas seu uso
prolongado pode provocar efeitos indesejáveis.
Diversos estudos demonstraram que, nos casos mais graves, o único
tratamento médico capaz de aumentar a sobrevida dos portadores da doença
é a oxigenioterapia. Técnicas fisioterápicas de reabilitação
respiratória aumentam a resistência aos esforços e melhoram a qualidade
de vida, mas aparentemente não prolongam a sobrevida.
Recomendações
* Evite fumar. Dependendo de quanto os pulmões estejam afetados, parar de fumar pode reduzir, ou mesmo eliminar, os sintomas da bronquite crônica e impedir a progressão do enfisema, embora não reverta o processo já instalado. Os danos aos alvéolos são permanentes, por isso os sintomas do enfisema não desaparecem;
* Não se autoengane. Se você é fumante, considere que a dependência
de nicotina pode levá-lo a tornar-se dependente dos outros para as
tarefas mais insignificantes e corriqueiras;
* Fique atento: todos os portadores de DPOC devem receber anualmente
uma dose de vacina contra a gripe e outra contra o pneumococo, para
evitar que a concomitância de processos infecciosos agrave o quadro
respiratório;
* Saiba que o aumento progressivo da longevidade ocorrido na segunda
metade do século XX e o enorme contingente de fumantes colocaram a DPOC
entre as cinco enfermidades mais prevalentes nos países industrializados
e em certas regiões do Brasil.
Fonte: Dr. Drauzio Varella
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