quarta-feira, 16 de maio de 2012

GREVE III


Conselho Municipal de Transporte discute greve dos rodoviários em Natal 


Imagem/Arquivo Blog "naserra"
O movimento grevista dos rodoviários em Natal foi discutido em uma reunião realizada ontem pelo Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTMU). Entre a pauta estava o reajuste da tarifa de ônibus, proposta pela Procuradoria do Trabalho. No entanto, a reunião extraordinária não teve caráter definitivo. Segundo o secretário-adjunto de Trânsito da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (Semob), Haroldo Maia, o conselho é um órgão consultivo e não tem o poder da decisão.

Haroldo Maia ressaltou que a Prefeitura de Natal resolveu convocar os membros do conselho para debater o que está acontecendo com a sociedade em decorrência da greve. Ele disse ainda que a reunião foi motivada pela proposta do patronato em conceder o reajuste de 4,88%, assim como a sugestão da Procuradoria de que o aumento fosse de 6%. Os trabalhadores não acataram as propostas.

O diretor do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn), Augusto Maranhão, afirmou que considera a greve como uma radicalização do movimento. “Os rodoviários deveriam seguir o exemplo dos ferroviários. Mesmo com a proposta do governo, eles mantiveram o serviço funcionando. A greve dos rodoviários gerou um caos na cidade. Todos perdem”, disse.

De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Rio Grande do Norte (Sintro/RN), Maria da Paz Dantas, a categoria não está reivindicando o aumento da tarifa. “Isso é um assunto entre patrão e o órgão gestor. A reivindicação é pelo reajuste salarial, pela data-base que é 1º de maio. Os 4.500 trabalhadores não cruzaram os braços de graça. Eles querem ver a caixa-preta do Seturn e a planilha de custos para saber se há exploração. É justo que os trabalhadores cobrem. A gente sofre junto com a população”, afirmou.

Por outro lado, o presidente da Seturn, Agnelo Cândido, afirmou ter ficado surpreso com a greve dos rodoviários, uma vez que a data-base é maio. “As negociações deveriam acontecer do dia 1º ao dia 31 de maio. O sindicato nunca fez uma greve no dia 15. Na segunda audiência realizada no dia 11, sexta-feira passada, já tinha o indicativo de greve para esta segunda-feira (14). Poderíamos estar sentados na mesa de negociação”, disse.



Fonte:  Redação do DIARIODENATAL.COM.BR
Via  Dnonline

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