Astro argentino recebe de Kaká o prêmio de melhor jogador do mundo pela quinta vez na carreira.
Com 7,86% dos votos, craque brasileiro do Barcelona termina em terceiro
Lionel Messi pode voltar a se gabar: ele é novamente o melhor jogador do mundo - pela quinta vez na história, diga-se. Após ver Cristiano Ronaldo levar a Bola de Ouro para casa nos dois últimos anos, o argentino recuperou o trono nesta segunda-feira, após desbancar Neymar e o próprio português na escolha da Fifa, anunciada em evento de gala em Zurique. Estreante entre os finalistas, o brasileiro terminou na terceira colocação, superado pelo craque do Real Madrid.
- É especial estar aqui depois que a Bola de Ouro foi para o Cristiano Ronaldo nos dois últimos anos. É um prêmio que eu sonhava quando pequeno. Quero agradecer a quem votou em mim e aos meus companheiros. Sobretudo, quero agradecer ao futebol de modo geral. Boa noite a todos e muito obrigado - disse o argentino, assim que recebeu o prêmio.
(Foto: FABRICE COFFRINI / AFP)
Messi leva a Bola de Ouro para casa pela quinta vez na carreira |
Assim, com seus 52 gols na temporada, o camisa 10 do Barcelona aumenta a vantagem para Cristiano Ronaldo, que poderia igualar a disputa, como maior vencedor do prêmio: o argentino tem cinco troféus (2009, 2010, 2011, 2012 e 2015) contra três do português (2008, 2013 e 2014). Último vencedor antes de a dupla dominar a disputa, Kaká foi o responsável por entregar a Bola de Ouro a Lionel Messi.
Outro brasileiro tinha a chance de interromper a sequência de vitórias de Messi e Cristiano Ronaldo. Neymar foi o primeiro finalista do país desde que Kaká levou o troféu para casa, mas terminou em terceiro ao receber 7,86% dos 498 votos de capitães e técnicos das seleções, além de jornalistas. Messi levou 41,33% e Cristiano Ronaldo 27,76%.
Kaká aplaude Messi após anunciar
a vitória do argentino
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Se Neymar não levou a Bola de Ouro, o Brasil pode se orgulhar de dominar a seleção do ano da Fifa com quatro representantes: Daniel Alves, Marcelo, Thiago Silva e Neymar. Eles se juntam a uma equipe que tem Neuer, Sergio Ramos, Iniesta, Pogba, Modric, Messi e Cristiano Ronaldo. A escolha foi feita com base nos votos de 25 mil jogadores espalhados por 70 países do mundo da bola.
Só que o auge da festa brasileira foi quando o japonês Nakata anunciou a vitória do brasileiro Wendell Lira como gol mais bonito do ano, superando Messi e Alessandro Florenzi, do Roma. O lance incrível do atacante (à época jogador do Goianésia) contra o Atlético-GO ocorreu na nona rodada da primeira fase do Campeonato Goiano, no dia 11 de março e venceu a disputa após votação na internet.
Entre os técnicos, nova vitória do Barça. Após um ano em que venceu o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei, a Liga dos Campeões, a Supercopa da Europa e o Mundial de Clubes, Luis Enrique superou o argentino Jorge Sampaoli, da seleção chilena, e o compatriota Pep Guardiola, do Bayern de Munique, na disputa particular de treinadores.
No feminino, a vitória foi da americana Carli Lloyd, campeã mundial com sua seleção e melhor jogadora da Copa disputada no Canadá. Ela venceu a japonesa Aya Miyama e a alemã Celia Sasic, que anunciou sua aposentadoria. Jill Ellis, da seleção feminina dos Estados Unidos, venceu entre as treinadoras.
Até 2009, a Bola de Ouro e o prêmio de melhor jogador do mundo eram independentes - o primeiro concedido pela revista France Football e o segundo pela Fifa. Só em 2010 ambas as organizações resolveram unir as forças e a entidade que organiza o futebol mundial passou a oferecer a Bola de Ouro Fifa para o melhor jogador do mundo no ano (veja os ganhadores desde 1956 até que a premiação fosse unificada).
Por
Cláudia Garcia e
Ivan Raupp
Zurique, Suíça
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