São Paulo - A Vai-Vai conquistou o carnaval de São Paulo em 2015 após quatro anos sem títulos. A escola de samba fez um tributo à cantora Elis Regina e apostou no enredo musical “Simplesmente Elis - A fábula de uma voz na transversal do tempo” para sacudir o sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, na segunda noite de desfiles, de sábado (14) para domingo (15).
Gabriela Biló/Ec
Maria Rita, filha de Elis Regina que também é cantora,
saiu como destaque na comissão de frente da escola de
samba Vai Vai
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Durante a apresentação, a escola não teve problemas e passou pelo sambódromo do Anhembi dentro do tempo limite, que é de 65 minutos. Divididos em 25 alas, os 3 mil componentes tiveram como fio condutor temas das canções imortalizadas por Elis. A bateria, por exemplo, entrou fantasiada de “Alô, alô, marciano”
Também passaram pelo sambódromo Maria Rita e João Marcelo Bôscoli, filhos de Elis. Maria Rita, aliás, se emocionou e passou mal após o desfile, que também relembrou as canções de protesto durante a ditadura e os festivais de música das décadas de 1960 e 1970. Tradicional escola do Bixiga, bairro da capital paulista, a Vai-Vai completou 85 anos em 2015.
A Vai-Vai e a Gaviões da Fiel eram as duas escolas paulistas que deixaram o sambódromo como as grandes candidatas ao título. Com Marília Pêra, a Mocidade Alegre veio luxuosa, mas enfrentou problemas. E a Acadêmicos do Tatuapé estourou o tempo regulamentar e deve perder um ponto.
Eram 5h15 quando a Vai-Vai entrou na avenida. O carro abre-alas tinha 90 metros de comprimento - a agremiação teve dificuldades para locomovê-lo. Apesar dos problemas, a escola arrepiou a plateia ao colocar Didi Gomes para cantar trechos de Maria, Maria. Filha de Elis, a cantora Maria Rita saiu na comissão de frente, representando a mãe. No fim, passou mal e foi atendida na ambulância da dispersão. Minutos depois, já estava recuperada.
Três escolas enfrentaram problemas no segundo dia de desfiles. Vencedora dos últimos três carnavais, a Mocidade Alegre pode perder pontos no quesito alegoria por causa da falha em um dos carros alegóricos. O problema da Acadêmicos do Tatuapé foi o relógio. A cronometragem oficial de seu desfile durou 66 minutos, um a mais do que o permitido.
Outra escola que enfrentou problemas foi a Gaviões da Fiel. A queda do chapéu de um dos integrantes da alegoria que representava a morte na metade da avenida pode prejudicá-la.
A crise da água em São Paulo foi o destaque da X-9 Paulistana. O tema levado para a avenida foi a chuva, inspirado na tempestade que a escola enfrentou em 2014. “Esperar por providência divina?” era a frase na traseira do carro alegórico que fazia alusão ao baixo nível do Cantareira. Completaram o desfile a Império de Casa Verde, que abusou das cores e de personagens infantis para levar o mundo dos sonhos e dos sonhadores ao público, e a Unidos de Vila Maria, que surpreendeu com samba fácil, cantado na arquibancada.
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José Roberto Gomes
Agência Estado
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