José Agripino alertou para a impossibilidade da governadora Rosalba Ciarlini ser candidata a prefeita de Mossoró nas eleições de 2016
Foto Reprodução
José Agripino afirmou que não está preocupado
com o futuro político de Rosalba Ciarlini
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O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, alertou para a impossibilidade da governadora Rosalba Ciarlini vir a ser candidata a prefeita de Mossoró nas eleições de 2016. Entrevistado ontem no Jornal do Dia (TV Ponta Negra), o parlamentar lembrou que a chefe do Poder Executivo encontra-se inelegível sob o ponto de vista jurídico.
José Agripino explicou que esta foi uma das razões para o fato do DEM ter negado a legenda. “Quando fosse registrada no TRE, ela teria a sua candidatura negada. O partido com a candidatura de Rosalba, que estava vivendo um momento de impopularidade muito ruim, com níveis de aprovação muito baixo, retirado isso tudo, ela estava e está inelegível, então, ela não poderia ser candidata, pois arrastaria o partido para, praticamente, a sua extinção”, raciocinou o líder democrata.
Quanto ao rumo político da governadora, o senador José Agripino afirmou que compete a ela se manifestar. “Eu não tenho que fazer nenhuma avaliação neste momento, como presidente estadual do partido e também em nível nacional, é fazer o que eu fiz, ou seja, disputar uma eleição proporcional ao lado de vários partidos e que pudesse eleger o que elegeu, ou seja, dois deputados estaduais e um federal”, destacou o parlamentar, lembrando que ao iniciar o processo eleitoral, a governadora Rosalba Ciarlini estava inelegível e isolada no partido. “Nenhum partido de expressão queria se aliar ao Democratas, portanto, não teria tempo de rádio e televisão para se apresentar ao Estado e com níveis de popularidade muito baixo, então, a minha obrigação como presidente do partido foi a de salvar o DEM viabilizando aliança que permitisse tempo de rádio e televisão, viabilizando a eleição de parlamentares para representar o nosso partido em nível nacional e no Rio Grande do Norte”, detalhou Agripino.
Com relação à posição do DEM no Rio Grande do Norte depois das eleições gerais deste ano, o senador José Agripino revelou que pretende convocar os membros da executiva potiguar da legenda para uma reunião ainda este ano. De acordo com o senador, na oportunidade será discutida a posição da agremiação no que se refere ao futuro Governo do Estado.
“O partido não apoiou Robinson. Eu vou conversar com os dois deputados, Getúlio Rego e José Adécio para oportunamente nós decidirmos a linha de atuação. Na hora em que os interesses do Estado estiverem em jogo é evidente que os deputados votarão a favor dos interesses do Estado na Assembleia Legislativa, assim como eu, no plano federal, quando em jogo está o interesse do Brasil, voto a favor do governo, agora, combato os erros do governo, que eu espero que seja a linha do partido em nível nacional e espero que seja a linha do partido também no Estado”, explicou Agripino.
Para o senador e líder nacional do DEM, o partido sabe resistir com coerência. “Quem ganha governa e quem perde exerce a oposição. É isso que estamos fazendo. Nós somos um partido de uma consistência programática muito forte. Talvez não seja dos maiores partidos do Brasil. Nós temos 22 deputados federais para a próxima legislatura, cinco senadores, que é uma bancada significativa para quem tem 28 partidos no Brasil, ter cinco senadores é uma bancada interessante, temos dois prefeitos de capitais e uma formulação programática muito sólida”, informou.
O parlamentar lembra que, em todas as oportunidades em que a oposição é convocada para falar, o Democratas verbaliza a voz oposicionista em nível nacional, juntamente com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). “Muito embora o Democratas seja menor do que muitos partidos da base do governo, temos vários partidos da base do governo. Mas, pela qualidade dos seus líderes, das figuras que falam pelo partido e pela coerência de posições que o Democratas exerce há anos, sem tergiversar, sem se afastar da linha de combate os erros do governo, o Democratas é um partido respeitado no Brasil”, argumentou o presidente nacional do DEM.
FUTURO
O senador José Agripino afirmou ainda que o senador e ex-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (MG), terminou o certame eleitoral maior do que iniciou. “E o PT terminou, com essa campanha, muito menor do que há quatro anos e hoje é menor do que no dia da eleição”, comparou o parlamentar, acrescentando o fato das denúncias que estão ocorrendo em torno de atos de corrupção na Petrobras reforçaram ainda mais o momento de decadência do Partido dos Trabalhadores. “O Governo Federal está no corner, está no canto do ringue. O governo está meio perdido, com a base do governo esgarçada: é briga no PT; desentendimento do PT e os partidos da base aliada; a presidente da República não consegue ao menos sinalizar a indicação do seu ministro da Fazenda para transmitir o mínimo de credibilidade ao país para que haja novamente investimentos internos e de fora para dentro do país, para a retomada do crescimento”, acrescentou o presidente nacional do DEM.
Ele afirma que Aécio Neve terminou a eleição deste ano simbolizando a frustração nacional. Agripino cita que ele teve mais de 48% dos votos e esteve perto de conquistar a Presidência. “Aécio se une aos mais de 51 milhões de brasileiros que se somam aos que não foram às urnas e aos que votaram branco e nulo e que são muito mais somados do que os votos dados a Dilma Rousseff”, analisou, revelando que a intenção do senador mineiro é visitar todas as regiões brasileiras fortalecendo a oposição. “E, se ele for candidato a presidente da República daqui a quatro anos será um candidato fortíssimo para derrotar quem quer que seja”, acrescentou.
Cenário Nacional
Questionado a respeito de qual deve ser a atitude do governador eleito Robinson Faria (PSD) ao assumir o mandato no dia 1º de janeiro de 2015, o senador José Agripino Maia recomendou ao futuro gestor do Estado que adote o seu exemplo, quando governou o Estado entre 1991-1995.
“Ele deve fazer aquilo que eu fiz em 1991. Em 91, quando eu assumi o Governo, a arrecadação total do Estado não pagava a folha de pagamento dos servidores. O Estado devia mais de duas folhas e eu tive de enfrentar uma realidade muito dura para poder assumir as rédeas e o controle do Estado. Eu passei o ano pagando contas e ajustando as finanças”, lembra.
O senador destacou que a situação do Rio Grande do Norte hoje é péssima, sob o ponto de vista financeiro. Segundo ele, o grande desafio do governador é fazer o que o Estado precisa, ou seja, promover o equilíbrio das contas e fazer o planejamento de futuro. “Se ele não fizer isso, ele pode não ter a sorte que alguns governadores no passado tiveram. Não tiveram coragem de enfrentar os problemas e amargaram um final de governo muito ruim, mas eu desejo ao futuro governador êxito ao nosso Estado porque esse é o Estado dele e é o meu Estado, o Estado de todos os potiguares e que eu quero ver crescer”, argumentou o parlamentar, revelando que mandou mensagens de felicitações a Robinson Faria após a sua vitória no pleito realizado no dia 26 de outubro.
Luís Juetê - Da Redação
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