Imunização contra coqueluche, difteria e tétano será oferecida de forma gratuita a partir da 27ª semana de gestação.
EBC
O ministro da Saúde, Arthur Chioro anunciou, nessa segunda-feira (17), a estratégia para a introdução da vacina Tríplice Acelular (DTPa) contra coqueluche, difteria e tétano no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
A DTPa será disponibilizada para gestantes na rede pública de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, a dose será oferecida de forma gratuita e preferencialmente a partir da 27ª semana de gestação até a 36ª semana.
Segundo o ministro da Saúde, a população alvo de novembro e dezembro de 2014 foi de 484.116 gestantes e profissionais de UTIs neonatal e maternidades. “A população alvo para 2015 é de 2.904.699 entre gestantes e profissionais das UTI neonatal e maternidades”, completou Arthur Chioro.
O objetivo da inclusão da vacina é reduzir a transmissão da coqueluche entre recém-nascidos e garantir proteção indireta nos primeiros meses de vida, quando o bebê ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal. A expectativa é que 3 milhões de brasileiras sejam beneficiadas com a medida.
Casos e sintomas
Entre 2011 e 2013, o Ministério da Saúde registrou 4.921 casos de coqueluche em menores de 3 meses, 35% de todos os casos do País no período, que foram 14.128. Sendo que, neste período, foram registrados 204 óbitos, o que representa 81% do total nacional.
Dados do governo indicam que até o dia 10 de maio deste ano foram registrados no Brasil 1.762 casos de coqueluche. O número indica uma redução de 40% nos casos, quando comparado ao mesmo período de 2013 (2.943).
Vacinação de lactante e profissionais da saúde
Para implantação desta vacina no calendário, em 2014, o Ministério da Saúde adquiriu 4 milhões de doses, com investimento de R$ 87,2 milhões. Cada dose tem custo de R$21,81. Com isso, 2,9 milhões de gestantes e 324 mil profissionais de saúde serão imunizados.
Profissionais de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal serão vacinados para não transmitirem a bactéria e terão que fazer o reforço a cada 10 anos.
Já foram distribuídas para todas as unidades da federação 1,2 milhões de doses para incorporação da vacina no SUS. Além disso, o Programa Nacional de Imunizações vai fazer o envio mensal de 300 mil doses.
O ministro Chioro informou que acompanha, em conjunto com estados e municípios, todos os casos suspeitos e confirmados da doença no País. "Destacamos que de 2000 para cá tivemos excelentes resultados na redução de 43% de tétano e 93% de difteria, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) temos atualmente 50 milhões de casos novos de coqueluche no mundo", Chioro.
Vacina em crianças
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda e uma das principais causas de mortalidade infantil. As principais complicações secundárias são respiratórias, como, por exemplo, a pneumonia.
A imunização contra a coqueluche já é oferecida para crianças na rede pública. O esquema vacinal começa com a pentavalente, administrada aos 2 meses, 4 meses e 6 meses.
A criança recebe ainda dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deve ser administrado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos."87,2% de casos de coqueluche se concentram nos menores de 6 meses", destaca secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que lembra que crianças que não completam o esquema ficam suscetíveis à coqueluche.
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