Crédito da foto: Reprodução
Governadora Fátima Bezerra com o companheiro
e auxiliar Fernando Mineiro
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A governadora Fátima Bezerra (PT) pediu à futura bancada federal potiguar para viabilizar uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), com a finalidade de buscar o apoio do Governo Federal para tirar o Rio Grande do Norte do buraco em que se encontra. Fátima também pediu aos deputados federais a união para lutar, em Brasília, pela liberação de recursos extras.
Na reunião da governadora e a bancada federal, realizada na segunda-feira, 21, o deputado eleito e diplomado general Eliéser Girão, legítimo representante do governo Bolsonaro no RN, estendeu a mão para ajudar o Estado. Deixou claro que a política partidária, as diferenças ideológicas, devem ser deixadas de lado nesse momento em que o RN precisa da ajuda de todos. De imediato, se comprometeu a intervir junto ao Palácio do Planalto para marcar audiência da governadora com o presidente.
Beleza.
Só que, 48 horas depois, o deputado estadual Fernando Mineiro, que faz parte do primeiro escalão do governo Fátima Bezerra, tratou de espalhar o que estava se juntando. Através das redes sociais, o expoente do petismo potiguar atacou de forma dura e radical o presidente da República, usando como pano de fundo o noticiário negativo em torno do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), filho mais velho de Jair Bolsonaro.
Entre outras coisas, disse que o presidente da República é uma “fraude” e que só foi eleito “graças a um clima favorável ao ódio de classe e intolerância criado pela mídia e pelo Ministério Público.” E completou: “Ele é fruto de parte do sistema político. O que vemos agora é a ponta do iceberg revelando o modus operandi dele e dos filhos na política”.
Nomeado para a Secretaria de Gestão de Projetos e Metas do Governo, pasta que coordena o maior programa de investimento do Estado – “RN Sustentável”, rebatizado de “Governo Cidadão”, Mineiro expôs o que o governo pensa de Jair Bolsonaro, afinal, a sua palavra representa a palavra do governo, não há como desassociar.
Daí, questiona-se: como Fátima Bezerra quer a parceria de um governo que seu auxiliar e seu partido consideram uma “fraude”? Complicado.
É provável que Mineiro, ao falar pelos cotovelos, não teve a menor preocupação de destruir o que a governadora Fátima construiu até aqui. Nesse caso, Fátima tem por obrigação chamar a atenção do seu auxiliar e, de forma direta, mandar calar a boca. Se persistir, abrir a porta de saída. Do contrário, muito dificilmente o presidente, chamado de “fraude”, estenderá a mão a quem o agride gratuitamente.
O RN tem uma dívida pendurada no pescoço de quase R$ 3 bilhões. Para sair dela, só com a mão amiga de Brasília. Ponto.
Por
César Santos/
JORNAL DE FATO
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