O pacote de medidas de austeridade anunciado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), desembargador Cláudio Santos, provocou repercussão negativa entre os servidores da instituição. Há mais de uma semana, instalou-se uma crise no Judiciário potiguar que ganhará mais um capítulo na próxima quarta-feira (21), quando inicia a paralisação orquestrada pelo sindicato da categoria.
Emanuel Amaral
Presidente do TJRN, Cláudio Santos, afirma que vai anunciar
novas medidas para reordenamento administrativo no Judiciário Estadual
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A divergência de pensamento entre gestor e servidores judiciais vai além das repartições do Tribunal e, nas redes sociais, relatos de insatisfação com o atual cenário são compartilhados a todo instante. Em alguns casos, há citação de nomes de desembargadores e questionam porque as medidas não atingem magistrados e os membros da Corte.
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, Cláudio Santos falou sobre o assunto e anunciou que pelo menos dois servidores serão processados por, segundo ele, terem “atacado a honra do magistrado”.
Além das medidas de contenção de gastos, Santos afirmou que vai implantar outras ações que visam equilibrar as contas do Judiciário. O próximo alvo do desembargador são os cartórios do Estado. Inspeções realizadas pela Corregedoria do TJRN detectaram um dado estarrecedor: em quatro anos, aproximadamente R$ 4,2 milhões em taxas de custas processuais foram apropriados de forma indébita pelos cartórios. Parte do dinheiro foi devolvido mas, segundo Santos, o crime não prescreveu. Nos próximos dias, o presidente do TJRN vai ao Ministério Público do Estado (MPRN) para apresentar denúncia formal.
Por
Roberto Lucena
Repórter
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