Investidores e analista do mercado financeiro apostam que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, deve avançar 0,5 ponto percentual após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa nesta terça-feira (20) e termina na quarta-feira (21). Essa é a previsão divulgada nesta segunda-feira (19), pela pesquisa Focus, do Banco Central.
A taxa está atualmente em 11,75% ao ano desde dezembro de 2014, quando subiu 0,5 ponto percentual. Com a alta prevista pelo mercado, ficaria em 12,25% ao ano pelos próximos 45 dias. Para o fechamento de 2015, a estimativa do mercado para a Selic continuou em 12,50% ao ano, de acordo com o boletim Focus, com um aumento previsto de mais 0,25 ponto percentual em março.
A taxa básica de juros é um dos instrumentos usados pelo Banco Central contra pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, em 2015 e 2016, o centro da meta é de 4,5% ao ano, podendo chegar a 6,5%. Em outubro de 2014, o Copom tinha elevado a Selic em 0,25 ponto percentual.
Câmbio, balança comercial e IED
Quanto ao câmbio, a expectativa do mercado financeiro para 2015 permaneceu em R$ 2,80 por dólar. Para o término de 2016, a projeção para a taxa avançou de R$ 2,83 para R$ 2,85 por dólar.
A previsão para o saldo da balança comercial (total de exportações menos importações) em 2015 também permaneceu estável, com um superávit estimado de US$ 5 bilhões. Para 2016, a previsão de superávit comercial avançou de US$ 10 bilhões para US$ 13 bilhões.
A projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil recuou de US$ 60 bilhões para US$ 58,2 bilhões. Para 2016, a aposta dos analistas para a entrada de investimentos no País ficou estável, também em US$ 60 bilhões.
Inflação e PIB
Os analistas consultados pelo Banco Central elevaram, novamente, a estimativa de inflação para 2015, que passou de 6,6% para 6,67%. Foi a terceira alta seguida. Para 2016, a expectativa de inflação do mercado financeiro permaneceu em 5,7%, segundo a pesquisa do BC.
Os economistas e analistas do mercado reduziram a estimativa de alta de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 para 0,38%, a terceira queda consecutiva. Para 2016, a estimativa de expansão da economia ficou estável em 1,8%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País em determinado períodos de tempo. No fim de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira no terceiro trimestre de 2014 teve um crescimento de 0,1% na comparação com o trimestre anterior.
Entre janeiro e setembro, a economia do País cresceu 0,2% ante igual período do ano anterior. E no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta foi de 0,7%.
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