André Coelho
Após reunião com Aloizio Mercadante, Henrique Alves informa
que será recebido pela presidente Dilma Rousseff.
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A presidente Dilma Rousseff (PT) tirou uns dias de folga numa base militar da Bahia, mas não tem tido tempo para respirar.
Sua base partidária no Congresso Nacional está rebelada. Os jornais estampam na manhã desta sexta-feira (31):
O Globo: Governo age para acalmar base rebelde no Congresso
Diário de Pernambuco: Planalto tenta parar ofensiva do Congresso
Todas as atenções em Brasília estão voltadas às ações do governo para controlar o motim.
Um dos líderes rebeldes é o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), presidente da Câmara dos Deputados.
A presidente já ligou para ele e pediu muita calma nessa hora.
Ontem (30), foi a vez do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) chamar Henrique para uma conversa "respeitosa".
O petista pediu a Henrique que não colocasse em pauta projetos que onerem o governo para 2015.
Não tem como. Henrique já tem como certa a seguinte pauta até o fim do ano, que marca também o término de sua presidência:
O Orçamento Impositivo (menina dos olhos do deputado) - PEC que obriga a execução de 1,2% da receita corrente liquida da União em emendas individuais dos parlamentares;
O aumento de 1 ponto percentual do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), aumentando de 23,5% para 24,5%;
Invalidez: Garante proventos integrais ao servidor que se aposentar por invalidez;
E o aumento de salários para os parlamentares.
Henrique não é o único culpado da rebelião em Brasília após as eleições, mas ele tocou fogo na base com a derrubada dos conselhos populares da presidente Dilma.
O Planalto atribui o gesto ao ressentimento de Henrique por ter perdido a eleição estadual. É vero.
Mas outros interesses se somam ao desgosto eleitoral: a briga por vagas no futuro ministério de Dilma, o interesse da oposição no enfraquecimento do governo e a disputa pela presidência da Câmara e também do Senado.
São muitas coisas em jogo. A terra treme em Brasília. E o deputado Henrique Alves, sem mandato em 2015, aposta todas as suas fichas naquilo que lhe resta de poder.
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