sexta-feira, 23 de março de 2012

INDICATIVO DE GREVE

 Indicativo de greve dos médicos está suspenso

  Os médicos da rede estadual de saúde pública vão permanecer em negociação salarial, sem indicativo de greve.Essa foi a decisão da assembleia, realizada na última quarta-feira, (21). Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do RN, Geraldo Ferreira, a categoria entendeu que há disposição de negociação por parte do secretário estadual de Saúde, Domício Arruda.

"O secretário nos mandou um informe, abrindo as negociações e sinalizando que atenderá em parte, as reivindicações da classe", disse. As revindicações são: incorporação da gratificação de alta complexidade, no valor de R$ 2.200,00 no salário de todos os médicos da ativa e aposentados;  a extinção da produtividade e criação de uma gratificação de atividade médica no valor de R$ 3 mil; e a implantação do piso nacional, que é de R$ 19.644,00.

A proposta, esclarece Geraldo Ferreira, é de que esse piso seja implantado de forma gradual, até 2015. De imediato, o Sinmed pede aumento de 32% para chegar a 70% do piso nacional, ou seja, R$ 13.750,00. Os médicos querem que o governo defina um cronograma de implantação ao longo  próximos três anos,  de forma que em 2013,  alcancem 80% do piso nacional; em 2014, 90% e em 2015, 100%. O Estado tem 1.900 médicos, entre plantonistas, municipalizados e clínicos.

Em Brasília, o titular da Saúde, Domício Arruda confirmou que a gratificação de R$ 2.200,00 será estendida a todos os médicos da ativa, com implementação já na folha de março. Os médicos municipalizados, que atuam em ambulatórios e os aposentados, cerca de 500, não são beneficiados. Quanto aos aposentados o secretário alegou que será necessária uma apreciação jurídica, tendo em vista que a folha é paga pelo Instituto de Previdência do Estado (Ipern).

O presidente do Sinmed não vê necessidade de análise, tendo em vista que  a Lei 333/2006 garante paridade entre ativos e inativos. Em relação à implantação do piso, Arruda informou que a secretaria vai iniciar estudos de impacto financeiro para embasar a negociação. "De imediato, não há como implantar", afirmou o secretário. Segundo Arruda, os estudos devem estar concluídos entre 15 e 20 dias. A próxima assembleia dos médicos está marcada para o dia 27 de março. 


Fonte:  Tribuna do Norte

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