O lançamento do movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff, na manhã desta quinta-feira (10), foi marcado pela presença de deputados e senadores oposicionistas e integrantes de partidos aliados, por reiteradas críticas ao governo e por afirmações de que o ato marca o início do processo de afastamento da petista.
“Assistimos a uma grande mobilização popular nas principais cidades do país, que está literalmente desgovernado. Estamos aqui para dizer sim ao processo de impeachment”, afirmou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).
Também à frente do movimento, o líder da minoria na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), disse que “começou o processo de afastamento da presidente”.
“A sociedade está convencida de que o Brasil não vai para frente sob o comando de Dilma”, afirmou o tucano.
Ao todo, cerca de 50 parlamentares compareceram ao evento no salão verde da Câmara. Eles seguravam balões personalizados com a logomarca do movimento e mini-pixulekos, bonecos infláveis que fazem referência ao ex-presidente Lula, entregues na tarde de quarta (9) pelo movimento Revoltados Online.
Crítico do governo, o peemedebista Jarbas Vasconcelos também esteve no evento desta manhã. “A saída da presidente Dilma é inevitável. É importante que o PMDB tome consciência disso para dar o exemplo. Estou convicto que ela cai, que a ficha dela vai cair”.
A deputada Cristiane Brasil, presidente do PTB -sigla também integrante da base governista-, discursou no evento. “Não queremos uma troca de poder, queremos devolver aos brasileiros a esperança de um futuro melhor”.
Em tom enfático, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) pediu que a presidente deixe o cargo. “Se a senhora tem um pouco de amor ao país, saia desse governo”.
O ato foi encerrado com os congressistas cantando o hino nacional.
APOIO
O principal objeto do movimento é agregar apoio popular ao afastamento de Dilma. Para isso, os congressistas lançaram um site (www.proimpeachment.com.br) onde é possível acessar uma petição online.
“Vamos coletar o maior número possível de assinaturas e, junto com a sociedade, os movimentos de rua e os parlamentares, levar adiante esse movimento importante”, destacou o líder do PSDB da Câmara, Carlos Sampaio (SP).
FONTE
* Correio do Povo e Estadão
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