domingo, 18 de março de 2012

TRANSPORTE AÉREO EM MOSSORÓ/RN

Número de aeronaves particulares cresce em Mossoró devido à ausência de voos comerciais


helicoptero_em_mossoroNos últimos anos, o número de empresários do mercado local que adquiriram aeronaves particulares - jatinho, monomotor e helicóptero- tem crescido em Mossoró. A procura dos empresários se tornou maior ainda pelo tipo de equipamento de transporte aéreo no ano passado, quando depois do acidente com a aeronave da Companhia Noar que vinha de Recife para Mossoró, os voos comerciais partindo do município deixaram de ser realizados.

E atualmente dez aeronaves são de propriedade de empresários da cidade.

O presidente do Aeroclube de Mossoró, Sérgio Maia Filho, confirma a tendência do setor empresarial pela compra de aeronaves de pequeno porte. O especialista revela que entre as motivações para efetuar a aquisição dos aviões de pequeno porte e helicóptero seria agilidade do transporte no que se refere à pontualidade durante compromissos profissionais e utilização para assuntos pessoais.

"Querendo melhorar seu meio de transporte e dar agilidade nos negócios, os empresários de Mossoró estão acordando agora para o transporte aéreo particular. Isso porque o avião ainda é o melhor meio de transporte que nós temos, tendo em vista o trânsito complicado pelos engarrafamentos nas cidades e acidentes nas estradas. E é cada vez mais difícil trafegar numa BR. Por exemplo, quem mora em Mossoró e tem negócio em Natal, Fortaleza, Recife ou João Pessoa sente isso na pele. Por isso, o pessoal está utilizando helicóptero como ferramenta de trabalho", explica Sérgio Maia Filho.

Segundo ele, nos finais de semana, as aeronaves são utilizadas no lazer dos proprietários e suas respectivas famílias. "Assim quem tem seu avião ou helicóptero usa para trabalhar e o lazer familiar através de viagens particulares", acrescenta.

Outro fator apontado pelo especialista que promoveu o crescimento da frota particular de aeronaves no município consiste na ausência de voos comerciais com pousos e decolagens no Aeroporto Dix-sept Rosado. "A falta de voos comerciais é um fator importante que motivou as compras, além do bem-estar profissional e familiar", enfatiza Sérgio Maia Filho. 

Especialista aponta expectativa de crescimento da frota de aeronaves particulares do setor empresarial de Mossoró

Conforme o presidente do Aeroclube, a frota particular atualmente conta com dez aeronaves, entre aviões de pequeno porte e helicópteros, registrando perspectiva de crescimento no número de aeronaves e da infraestrutura de apoio.

"Desse total, quatro são helicópteros. Além disso, é um número crescente porque há perspectiva da compra de mais um ou dois helicóptero neste ano. Como também está em construção mais dois hangares no aeroporto, um prestes a ser concluído e outro a ser iniciado, ampliando assim a infraestrutura já existente de três hangares, sendo um do Aeroclube e dois particulares. Então tudo isso faz parte do crescimento da aviação e do desenvolvimento econômico da nossa cidade", destaca Sérgio Maia Filho.

O representante revela que o valor das aeronaves varia bastante, mas a mais cara da frota particular é avaliada em US$ 3 milhões. "Já um monomotor é mais barato, então as aeronaves variam em torno de R$ 300 mil a US$ 3 milhões", conta.

Já em relação aos custos e os benefícios de possuir uma aeronave, o especialista avalia que como compensador a medida de dispor de transporte aéreo particular. "Compensa porque o fechamento dos negócios hoje envolve altos valores e a aeronave é uma ferramenta de trabalho importantíssima", avalia Sérgio Maia Filho.

Conforme ele, a única barreira enfrentada pelos proprietários envolve o abastecimento das aeronaves. "Infelizmente, o Aeroporto Dix-sept Rosado não tem abastecimento de aviação. Quando as aeronaves não são abastecidas nos aeroportos onde pousaram, são abastecidas em Mossoró com o combustível trazido em tonéis de Natal ou Fortaleza. Mensalmente 20 mil litros de combustíveis de aviação chegam ao município dessa forma", diz.

A equipe de reportagem do jornal O Mossoroense solicitou a Sérgio Maia Filho indicações de empresários que adquiriram aeronaves para falar sobre o assunto. Porém, o presidente do Aeroclube afirma que os empresários preferem não se expor por motivos de segurança.

Fonte:  Jornal O Mossoroense

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