Pais devem ficar alerta com a segurança dos filhos na internet
Uma pesquisa sobre segurança na internet revelou o que psicólogos e especialistas já estão cansados de repetir: não se pode transferir a responsabilidade dos pais para garantir a segurança dos filhos na web.
A pesquisa envolvendo quase 500 pais de alunos do portal Educacional, sobre o tema, mostra que 70% dos pais entrevistados se dizem familiarizados com a rede de computadores, estão bem informados sobre os riscos e estão dispostos a dialogar com os filhos sobre os cuidados necessários para evitar problemas.
A pesquisa mostra também que os pais estão realmente preocupados com a inevitável permanência dos filhos na internet e os riscos que o hábito possa causar. Os números dessa percepção de riscos são altos: 80% dos pais afirmaram temer que os filhos se envolvam em problemas pela internet, embora só 6% dos temam que seus filhos sejam vítimas de cyber bulliyng.
Na prática, essa preocupação tem sido mais notada quando os pais visitam as páginas pessoais dos filhos para tentar averiguar o que está se passando. A pesquisa detectou número razoável: 72% dos pais têm feito isso, embora grande parte tenha receio que a atitude possa ser interpretada como invasão de privacidade. Já um percentual menor (57%) afirmou que os filhos já visitaram as suas próprias páginas.
Nada menos que 77% usam o computador diariamente, mais da metade acessa a internet entre 2 e 10 horas por semana, e 20% afirmaram passar mais de 16 horas por semana conectados à rede. Mas o que mais se espera dos pais ainda está por melhorar. Embora a maioria dos pais declare não ter dificuldades em administrar o uso do computador pelos filhos (61% dizem que estabelecem regras para isso), 17% declara ter dificuldade em colocar limites nos filhos.
Essas são algumas conclusões da pesquisa realizada com pais de crianças e jovens da educação infantil ao ensino médio de escolas particulares usuárias do Portal Educacional. Foram entrevistados 448 pais, de oito estados, que responderam a um questionário sobre o uso que fazem do computador e da rede, como controlam o acesso dos filhos, como tratam os problemas da internet com eles e muito mais.
Outro dado da pesquisa revela a interatividade em família, mostrando que os pais, apesar da falta de tempo também estão procurando ficar ligados na net: mais de 70% deles responderam que participam de alguma rede social, percentual parecido com o de pais que afirmaram que os filhos também mantêm perfil ou participação em redes sociais (77%). As redes sociais preferidas são o MSN (29%), o Facebook (29%) e o Orkut (26%).
Riscos - Sobre a percepção dos riscos das crianças nos sites de relacionamento e redes sociais, 20% dos pais afirmam conhecer diretamente crianças ou adolescentes que tenham enfrentado situações como agressões ou uso indevido da imagem - incluindo 5% de pais que declararam que problemas dessa ordem ocorreram com os próprios filhos. Os principais medos são de que os filhos passem informações pessoais pela rede (19%), que eles se exponham de forma indevida, por meio de fotos ou vídeos (16%) ou que se envolvam com estranhos que possam representar algum perigo (também 16%). O acesso a conteúdo impróprio e/ou pornográfico e a pedofilia também preocupam 13% dos pais.
Sobre o bullying, muito discutido na mídia e nas escolas, apenas 6% dos pais disseram temer que seus filhos sejam vítimas do problema e um percentual ainda menor se preocupa que o próprio filho se coloque na posição de agressor em alguma instância, seja agredindo/expondo alguém pela rede ou se associando a grupos que ajam dessa forma.
Por Francisco Francerle, do Diário de Natal
Fonte: DN online
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