Duas novas vacinas combinadas deve ser incluídas no calendário nacional
A logística necessária para estabelecer um cronograma de imunização em um país com as dimensões do Brasil é bastante complexa. O desenvolvimento de vacinas que protegem contra várias doenças em uma só dose, além de simplificar o processo, reduz significativamente os custos. As vacinas combinadas pentavalente — lançada hoje em Brasília, na sede do Ministério da Saúde (MS) — e heptavalente, que começará a ser produzida a partir de um acordo de cooperação técnico-científica previsto para assinado no mesmo evento, são inéditas no país e resultados dessa estratégia, que visa também fortalecer os laboratórios públicos nacionais.
A pentavalente, que imuniza contra cinco doenças — difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite B —, foi desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, e pelo Instituto Butantan, de São Paulo. A heptavalente será produzida a partir de uma combinação de vacinas já existentes, desenvolvidas pela Fiocruz, pelo Butantan e pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), instituição de pesquisaligada ao governo de Minas Gerais. A tríplice bacteriana (DTP), contra difteria, tétano e coqueluche, e a HepB, contra hepatite B, são de responsabilidade do Butantan. A vacina da poliomielite inativada (IPV) e a Hib, contra a influenza tipo B, são da Fiocruz. Por sua vez, o componente relativo à vacina MenC, contra a meningite C, será produzido e fornecido pela Funed.
Homero Jackson de Jesus Lopes, chefe de gabinete da Funed e membro do comitê gestor da vacina, explica que o acordo é uma proposta das secretarias de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e de Vigilância em Saúde do ministério e tem vigência de cinco anos. “A previsão é de que, até 2017, a heptavalente passe a fazer parte do calendário de vacinação brasileiro, sendo distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na reunião de hoje em Brasília será proposto o plano de trabalho com prazos e responsabilidades para cada um dos laboratórios envolvidos. Trata-se de algo demorado, por envolver muita tecnologia e muito conhecimento, que precisa ser internalizado nos institutos.”
Etapas
A partir da assinatura do acordo, em até um mês será criado um comitê técnico-científico para o desenvolvimento das etapas de trabalho, envolvendo representantes dos três laboratórios. Cada um deles deve fornecer gratuitamente as quantidades necessárias dos componentes da vacina heptavalente, além de toda a documentação técnica disponível para formular, envasar e realizar os testes de controle necessários ao processo.
Segundo Homero, as doenças escolhidas para serem imunizadas nessa vacina inédita estão entre as mais prevalentes no país e foram definidas pelo Ministério da Saúde. Tanto a heptavalente quanto a pentavalente atendem ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), que faz parte da Política Nacional de Desenvolvimento de Fármacos do ministério. Por meio dessa política, são incentivados o desenvolvimento e a produção dos medicamentos estratégicos de alto custo pelos laboratórios oficiais e também a parceria entre laboratórios privados e públicos para a nacionalização da produção de drogas, por meio de transferência de tecnologia.
Inserida nessa política, a Funed já firmou parcerias anteriores, como na produção do tenofovir, medicamento usado no tratamento da Aids, e também na vacina contra meningite C. Em 2009, foi assinado um acordo com o laboratório privado Novartis, que dominava a produção dessa vacina e transferiu o conhecimento à Funed — que ainda não produz a vacina independentemente, mas está em uma das fases conclusivas do projeto. Desde 2010, a fundação é responsável por fornecer as doses anuais da vacina contra a meningite para atender o calendário nacional de imunização.
A pentavalente, que imuniza contra cinco doenças — difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite B —, foi desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, e pelo Instituto Butantan, de São Paulo. A heptavalente será produzida a partir de uma combinação de vacinas já existentes, desenvolvidas pela Fiocruz, pelo Butantan e pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), instituição de pesquisaligada ao governo de Minas Gerais. A tríplice bacteriana (DTP), contra difteria, tétano e coqueluche, e a HepB, contra hepatite B, são de responsabilidade do Butantan. A vacina da poliomielite inativada (IPV) e a Hib, contra a influenza tipo B, são da Fiocruz. Por sua vez, o componente relativo à vacina MenC, contra a meningite C, será produzido e fornecido pela Funed.
Homero Jackson de Jesus Lopes, chefe de gabinete da Funed e membro do comitê gestor da vacina, explica que o acordo é uma proposta das secretarias de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e de Vigilância em Saúde do ministério e tem vigência de cinco anos. “A previsão é de que, até 2017, a heptavalente passe a fazer parte do calendário de vacinação brasileiro, sendo distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na reunião de hoje em Brasília será proposto o plano de trabalho com prazos e responsabilidades para cada um dos laboratórios envolvidos. Trata-se de algo demorado, por envolver muita tecnologia e muito conhecimento, que precisa ser internalizado nos institutos.”
Etapas
A partir da assinatura do acordo, em até um mês será criado um comitê técnico-científico para o desenvolvimento das etapas de trabalho, envolvendo representantes dos três laboratórios. Cada um deles deve fornecer gratuitamente as quantidades necessárias dos componentes da vacina heptavalente, além de toda a documentação técnica disponível para formular, envasar e realizar os testes de controle necessários ao processo.
Segundo Homero, as doenças escolhidas para serem imunizadas nessa vacina inédita estão entre as mais prevalentes no país e foram definidas pelo Ministério da Saúde. Tanto a heptavalente quanto a pentavalente atendem ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), que faz parte da Política Nacional de Desenvolvimento de Fármacos do ministério. Por meio dessa política, são incentivados o desenvolvimento e a produção dos medicamentos estratégicos de alto custo pelos laboratórios oficiais e também a parceria entre laboratórios privados e públicos para a nacionalização da produção de drogas, por meio de transferência de tecnologia.
Inserida nessa política, a Funed já firmou parcerias anteriores, como na produção do tenofovir, medicamento usado no tratamento da Aids, e também na vacina contra meningite C. Em 2009, foi assinado um acordo com o laboratório privado Novartis, que dominava a produção dessa vacina e transferiu o conhecimento à Funed — que ainda não produz a vacina independentemente, mas está em uma das fases conclusivas do projeto. Desde 2010, a fundação é responsável por fornecer as doses anuais da vacina contra a meningite para atender o calendário nacional de imunização.
Fonte: Carolina Lenoir - Correio Braziliense
Via Dn Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário